Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Stringer, Tamy Kenner Maro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-28102021-095232/
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Resumo: |
Asteraceae constitui uma família vegetal cujas espécies possuem notável resistência à herbivoria, o que se deve grandemente à produção de metabólitos secundários deterrentes. A lagarta da borboleta Chlosyne lacinia (Lepidoptera: Nymphalidae), conhecida como \"lagarta-do-girassol\", uma importante praga de lavoura, embora utilize-se de forma quase exclusiva de plantas pertencentes à família Asteraceae como hospedeiras, também pode demonstrar comportamentos de dissuasão alimentar perante determinadas espécies desta família vegetal. Visando uma melhor elucidação da interação eco-química entre a lagarta-do-girassol e Asteraceae, foram realizados ensaios de performances alimentares das lagartas de C. lacinia mediante dietas com folhas de sete distintas espécies da família em questão. A partir das impressões digitais metabólicas e de métodos estatísticos e de mineração de dados, foram identificadas substâncias potencialmente ativas in silico presentes nas espécies Emilia fosbergii e Vernonia polyanthes, as que induziram as piores performances nas lagartas e taxas de 100% de mortalidade. Em E. fosbergii, as mortes ocorreram no primeiro estágio de desenvolvimento, logo após a eclosão dos ovos, e, para V. polyanthes, isto ocorreu a partir do 2º estágio de desenvolvimento. Dentre os 19 metabólitos identificados, destacam-se como possíveis deterrentes e capazes de ocasionar as altas taxas de mortalidade, flavonoides, lactonas sesquiterpênicas e alcaloides pirrolizidínicos. Para as demais espécies vegetais, exceto em Tridax procumbens, utilizado como controle positivo, o crescimento de C. lacinia se mostrou mais lento, o que foi expresso através de um maior número de instares até que o inseto atingisse a fase adulta. Possivelmente, C. lacinia detém mecanismos capazes de lidar com as propriedades deterrentes e/ou tóxicas relativas aos metabólitos das espécies que induziram retardo em seu desenvolvimento. |