Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Passos, Carlos Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-05112024-182416/
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Resumo: |
A Doença Falciforme é uma doença causada por mutações no gene da β-globina, localizada no cromossomo 11 humano, caracterizada pela presença de hemácias em formato de foice, incapazes de transportar oxigênio. Pacientes com a doença apresentam uma grande variedade de sintomas, como anemia, dores, convulsões, fadiga, entre outros, levando a hipótese que outros genes modificadores de fenótipos podem estar associados a doença. Historicamente, a Doença Falciforme foi extensamente associada a indivíduos africanos ou afro-descendentes, pois nesse continente foram encontradas frequências elevadas de mutações no gene da β-globina. Uma hipótese para essas frequências é a proteção que essas oferecem contra a malária, que também é muito prevalente no continente africano. A partir de 1500, devido à escravidão, milhões de africanos foram retirados de suas terras, e as mutações para a doença falciforme se espalharam globalmente. No caso das Américas, em decorrência do processo colonial, houve o encontro de grupos populacionais oriundos de três continentes distintos: Europa, África e América. Ao longo das gerações, o processo de recombinação quebrou os blocos genômicos de ancestralidade contígua, formando mosaicos de ancestralidade. O Brasil foi o país das Américas que mais recebeu africanos escravizados e hoje a Doença Falciforme é uma das doenças monogênicas recessivas mais comuns no nosso país. Portanto, é de se esperar que essas mutações, apesar de estarem num bloco genômico de ancestralidade africana, o tamanho desses blocos e as ancestralidades adjacentes podem variar entre indivíduos. Aqui, estudamos a história da Doença Falciforme no Brasil, ao investigar aspectos relacionados à ancestralidade e miscigenação dos pacientes com a doença, e entender como a recombinação atua de forma a desassociar as mutações da ancestralidade africana adjacente a ao longo do genoma. Além disso, devido a ampla variedade de sintomas dos pacientes com doença falciforme, usamos a abordagem de Admixture Mapping para identificar genes modificadores candidatos, que possam estar associados a severidade da doença e entender a qual ancestralidade genética eles podem estar associados. |