Caracterização seminal e das alterações hemodinâmicas da próstata e testículos de cães com hiperplasia prostática benigna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Angrimani, Daniel de Souza Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-20082018-151251/
Resumo: A hiperplasia prostática benigna (HPB) é a doença de maior incidência em cães senis. Assim, a caracterização da patogênese da doença é de suma importância, tal como a avaliação de animais submetidos a tratamento clínico ou cirúrgico (terapia com finasterida e orquiectomia). Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa foi caracterizar as alterações seminais, hormonais e hemodinâmicas da próstata e testículos de cães com HPB, submetidos a diferentes tratamentos. Assim, foram utilizados 25 cães entre doentes e hígidos e empregados as seguintes ferramentas experimentais: ultrassonografia Doppler com o intuito de caracterizar mudanças hemodinâmicas da próstata e testículos, imunohistoquímica e PCR para a expressão do fator VEGF na próstata, avaliação morfohistológica dos testículos, dosagem hormonal (testosterona, estrógeno e di-hidrotestosterona), análise andrológica, seminal e do estresse oxidativo e enzimas antioxidantes. Foi possível observar redução do escore de vascularização prostático (Doppler Colorido) em animais tratados com finasterida ou orquiectomizados, além de redução do volume prostático. O tratamento com finasterida reduziu a imunomarcação para o VEGF na próstata, porém a orquiectomia também inibiu a expressão gênica do VEGF. A finasterida, ainda, reduziu os níveis séricos de di-hidrotestosterona, não causando impactos significativos na qualidade seminal. Já a HPB promoveu alterações significativas na concentração de testosterona e na qualidade seminal (baixa concentração espermática, alteração da cinética espermática e altos índices de fragmentação de DNA espermático). Em conclusão, a atividade prostática do VEGF é dependente da ocorrência de HPB e dos diferentes tratamentos empregados, promovendo diferenças na vascularização e volume prostático. Ademais, cães com HPB possuem alterações no perfil hormonal e na espermatogênese, porém o período de tratamento com finasterida (2 meses) favorece a recuperação da doença, auxiliando em novas abordagens de diagnóstico e prognóstico da hiperplasia prostática benigna em cães.