Culicídeos associados às bromélias na Mata Atlântica do município de Cananéia, São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Marques, Tatiani Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-28102010-085542/
Resumo: Introdução: A Mata Atlântica não possui fisionomia uniforme, pois seu relevo determina diferentes condições ambientais que definem a composição de sua fauna e flora. Em uma mesma região, a diversidade de espécies pode variar de acordo com a heterogeneidade dos habitats. Objetivo: Caracterizar a fauna de Culicidae em fitotelmatas de bromélias (Bromeliaceae), no município de Cananéia, São Paulo, Brasil. Métodos: Larvas e pupas de culicídeos foram obtidas, mensalmente, do conteúdo aquático de bromélias de três ambientes: planície, encosta e morro. As coletas ocorreram entre julho de 2008 e junho de 2009. Para estimar a variedade de espécies foram utilizados os índices de Margalef e de Menhinick. O índice de Jaccard e o de Sorensen indicaram a semelhança entre bromélias de dois ambientes. Para avaliar a dominância, empregou-se o índice de Simpson e de Berger-Parker. A eqüidade na distribuição das espécies foi avaliada pelo índice de Pielou e a constância em cada ambiente pelo índice c. Os testes estatísticos empregados foram: análise de variância (ANOVA) com o teste de Fisher; teste Kruskal-Wallis e valor p; teste de associação qui-quadrado e regressão linear simples por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: O teste Kruskal-Wallis mostrou diferenças significantes para o volume hídrico das bromélias de cada ambiente (p=0,002, IC= 95 por cento) mas não para o valor do pH (p= 0,775). Foram identificados 2024 mosquitos, 786 (38,83 por cento) na planície, 606 (29,94 por cento) na encosta e 632 (31,23 por cento) no morro, dentre eles: Culex (Microculex) (62,25 por cento), Culex ocellatus (21,20 por cento), Anopheles (Kerteszia) (15,17 por cento), Wyemoyia (Phoniomyia) (1,33 por cento) e Runchomyia (Runchomyia) (0,05 por cento). O índice de riqueza de Margalef foi maior na planície (d1=2,55) e menor no morro (d1=1,86), e o de Sorensen indicou encosta e morro como os ambientes mais similares (QS=0,79) e planície e morro como os menos similares (QS=0,65). O teste 2 não mostrou associação entre os ambientes e o tipo de bromélia (p=0,060). O coeficiente de Pearson não mostrou correlação significativa entre o número de imaturos e a temperatura (p=0,111) ou precipitação acumulada (p=0,828). Conclusões: Planície apresentou os maiores índices de diversidade. A prevalência de An. homunculus foi maior do que a encontrada em estudos anteriores. Culex ocellatus, Cx. (Mcx.) retrosus, Cx. (Mcx.) neglectus, Cx.(Mcx.) imitator e An. (Ker.) homunculus foram as espécies mais dominantes quando os três ambientes foram analisados conjuntamente