Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Oishi, Margaretty Kimie |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-24072024-104504/
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Resumo: |
A conservação ou recuperação das condições naturais das regiões litorâneas de ambientes aquáticos (lagos, rios e reservatórios), é um procedimento importante para o manejo adequado desses. Essa região atua como uma zona de proteção, onde são minimizados os impactos ambientais, agindo como um filtro. Desobedecendo-se a legislação vigente de conservação dessas áreas, essas regiões são utilizadas para diversos fins: agropastoris, industriais, etc. Essas atividades elevam a carga de nitrogênio e fósforo no corpo de água, sendo fontes de eutrofização. As características geomorfológicas, edáficas e usos do solo da bacia de drenagem, também atuam na exportação de nutrientes para o ambiente aquático. O Reservatório de Barra Bonita, localiza-se numa região densamente ocupada e impactada Deve ser ressaltado que a Grande São Paulo está inclui da nessa bacia, além de outros grandes centros urbanos do interior do Estado de São Paulo. Os principais afluentes da Represa são os rios Tietê e Piracicaba, que possuem uma extensa área de drenagem formada por inúmeros afluentes e suas respectivas sub-bacias. O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento dos aspectos geomorfológicos, geológicos e de eocupação do solo da bacia de drenagem da Represa de Barra Bonita, a fim de avaliar a interação da bacia de drenagem e sua ação sobre o ecossistema aquático. Esta avaliação foi realizada através de análise da água dos diferentes tributários e da correlação com as características da bacia. As coletas foram realizadas mensalmente de março de 1992 a fevereiro de 1993, em nove pontos distribuídos nos principais afluentes da bacia de drenagem do Reservatório de Barra Bonita. As concentrações de material em suspensão, foram maiores durante o período chuvoso devido ao maior carreamento de material alóctone da bacia, sendo que a fração inorgânica foi predominante. Durante todo o ciclo sazonal, as concentrações de material em suspensão no ) ponto 9 (Jusante) foram inferiores às concentrações dos demais pontos, demonstrando que no Reservatório de Barra Bonita há o efeito de sedimentação do material suspenso. De uma maneira geral, as concentrações de nutrientes, particularmente de nitrogênio total, das formas de fósforo e de sílicato variaram inversamente com vazão. Nos pontos 1, 2, 4 e 5 foram obtidos concentrações elevadas das formas nitrogenadas inorgânicas, revelando a ação de fontes antropogênicas na bacia de drenagem desses rios. Nos pontos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, ocorreram picos das formas de fósforo no período de estiagem devido à ação de fontes pontuais. Com a ausência da chuva como agente diluidor, as concentrações se elevaram nesse período. As cargas dos nutrientes (ton/mês) variaram diretamente com a precipitação e com a vazão. Nos pontos 1, 2, 4 e 5 foram obtidos as maiores cargas de nutrientes. Estes pontos são pertencentes aos rios Piracicaba e Tietê, os principais afluentes do Reservatório de Barra Bonita e responsáveis pelo seu estado eutrófico atual. Da carga total de nitrogênio total que é introduzido no Reservatório, 8% é exportado e 32% é retido no Reservatório. Para nitrito houve uma exportação de 6% e retenção de 94%: para amônia houve uma exportação de 2% e retenção de 98%; para fósforo total houve uma exportação de 18% e retenção de 82%; para fosfato total dissolvido houve uma exportação de 25% e retenção de 75%; para fosfato inorgânico dissolvido houve exportação de 17% e retenção de 83%. Para nitrato há indicação de exportação de silicato no reservatório. O fator responsável pela produção de nitrato é o florescimento de Microcystis sp e de Anabaena sp, que ocorrem freqüentemente na represa, pois são algas fixadoras de nitrogênio. Da carga total de material em suspensão total que é introduzido na represa, 83% é de material em suspensão inorgânico, 17% é de material em suspensão inorgânico e 17% é de material em ) suspensão orgânico. Da carga total de material em suspensão total, 7% são exportados e 93% são retidos no reservatório; do total de material em suspensão inorgânico, 5% são exportados e 95% permanecem retidos; do total de material em suspensão orgânico, 21% são exportados e 79% permanecem retidos. Portanto, fica evidente que ocorre precipitação do material em suspensão na represa. Não foram obtidas nenhuma correlação significativa entre carga anual de nutrientes com os usos e tipos de solo nas bacias de drenagem. Os coeficientes de exportação de nutrientes (kg/km²/ano) foram altos nos tributários estudados, especialmente nos pontos do rio Tietê (pontos 4 e 5). Para nitrogênio total a média foi 899 kg/km²/ano; para nitrato a média foi 268 kg/km²/ano; para nitrito foi 57 kg/km²/ano; para amônia foi 363 kg/km²/ano; para fósforo total foi 53 kg/km²/ano; para fosfato total dissolvido foi 20 kg/km²/ano; para fosfato inorgânico dissolvido foi 14 kg/km²/ano e para silicato foi 2929 kg/km²/ano. Os maiores coeficientes de exportação de nutrientes por unidade de escoamento (mg/m²/mm) (exceto silicato), foram obtidos nos pontos 4 e 5, pontos do rio Tietê. Houve predomínio de nitrogênio total e amônia. A variação dos coeficientes de exportação por unidade de escoamento foi de 0,0333 a 0,3192 mg/m²/mm para fósforo total e de 0,3102 a 5,8310 mg/m²/mm para nitrogênio total. O processo de abertura das comportas da barragem de Barra Bonita influenciou as mudanças de alguns parâmetros físico-químicos no ponto 9 (Jusante). A concentração de oxigênio diminuiu, a condutividade aumentou e houve ocorrências de picos das concentrações das formas fosfatadas |