Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Matsuo, Renata Frazão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-17102023-101506/
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Resumo: |
Quando as cortinas são abertas, a cena se mostra. A arte, organizada no processo, se mostra, exerce sua autonomia. O que provoca, evoca, promove e faz acontecer relaciona-se à experiência e ao sensível que permeou a construção dessa apresentação. Se a arte é uma maneira de ver, compreender, sentir e viver o mundo, seria possível que, assim como a ciência, ela possa ser um modo de pensar sobre o mundo? Como artistas, conhecemos o processo de construção da nossa arte, será que podemos construir investigação por meio deste processo? E sendo das artes, qual o tipo de investigação que emerge? Que tipo de conhecimento há, que permite que a arte estude a si? Essa pesquisa parte das nossas inquietações como grupo, inseridas no ECOAR, a partir de performances vividas com a comunidade. Intitulada: Sobre raízes, caules, folhas, sombras e aconchego: uma investigação baseada nas artes, esta tese teve como objetivo entender e discorrer sobre a Investigação Baseada nas Artes (IBA), como um caminho para incorporar o fazer artístico como lócus de compreensão de epistemologias, problematização de conceitos e elucidação de questões. Minha intenção foi conduzir um projeto de investigação/ação por meio de uma práxis performática fazendo uso da IBA para pensar, refletir, iluminar e discutir sobre ser mulher em nosso país. Me inspirei no conceito de práxis performática de Norman Denzin, nas ações do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, assim como na sua proposta de árvore para o desenho da investigação. Entrelaçando minha trajetória com a pesquisa, busquei narrar as construções e processos artísticos compondo o tronco da árvore, idealizando discutir e questionar o uso da IBA como uma forma de investigação que possibilita trazer à tona questões sociais vividas no contexto atual. Na nossa árvore, a experiência artística foi representada pelo fluxo que dá vida a pesquisa, a seiva, e que ocorre na práxis da ação-reflexão-ação. Essas ações foram definidas como os galhos da árvore e ocorreram a partir de duas oficinas corporais propostas para mulheres: \"Cartas e corpo\" e \"Mulheres na Pandemia\". No ápice da árvore está a copa, que para Boal simboliza o lugar onde a luz se transforma em alimento, onde a mágica da respiração ocorre. Neste trabalho, a copa simbolizou a performance criada no coletivo, no qual chegamos na essência do fenômeno, com a arte permeando as ações. Dramaturgia, cenário, figurino, música e movimento, uma construção artística coletiva que culminou em uma performance dos \"dados\", apresentada coletivamente. Das folhas a flor, dando vida ao processo, encontra-se a tese escrita, como um elemento capaz de produzir novas experiências narrativas para a efemeridade do processo artístico. Um trabalho sobre ser artista e mulher na academia, buscando ser coerente com que sou, e com quem somos, um aconchego na sombra da árvore. |