Época de ocorrência de Scrobipalpula absoluta (Meyrick) (Lepidoptera - Gelechiidae) na cultura do tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) e seu controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Paulo, Amaury Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-195532/
Resumo: Tendo em vista a crescente importância da traça do tomateiro, Scrobipalpula absoluta (Meyrick) (Lepidoptera - Gelechiidae) em cultura de tomate (Lycopersicum esculentum Mill.), elaborou-se o presente trabalho visando fornecer subsídios à bioecologia e controle da referida praga, acrescentando novas informações àquelas até então disponíveis. Os experimentos de laboratório foram conduzidos no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, e os de campo nos municípios de Elias Fausto, Bariri e Piracicaba, SP. Observou-se, em dados médios que o ciclo evolutivo da praga durou 49,2 dias, sendo que, cada fêmea colocou durante toda sua vida 105 ovos, ovipositados na maioria nos três primeiros dias de postura. O adulto apresentou longevidade média de 19,6 e 22,9 dias para machos e fêmeas respectivamente. A fase larval apresentou quatro ínstares, com um período médio de duração de 13,6 dias, sendo esta fase a grande responsável pelos danos causados pela praga nas folhas, brotos, flores e frutos da planta de tomate. A fase de pupa apresentou, em média, 8,8 dias de duração. Das observações de campo na região de Piracicaba, verificou-se que a ocorrência de S. absoluta, em plantas de tomate, inicia-se no mês de setembro, em baixas infestações, aumentando gradativamente até atingir níveis críticos no mês de fevereiro, portanto os esforços de controle devem ser concentrados neste período. A utilização de armadilha luminosa de aletas impregnadas com graxa de carroça demonstrou que este instrumento foi eficiente na captura de adultos da traça do tomateiro; tornando-se uma ferramenta eficiente no controle integrado de S. absoluta, nas práticas de controle e em especial durante os meses de maior pico populacional ou infestação. Sugere-se no entanto, maiores investigações quanto a: número e distribuição de armadilha na área. O controle químico preventivo com inseticidas granulados sistêmicos de solo, como Carbofuran, Aldicarb e Phorate não foi eficiente no controle da traça do tomateiro. Em relação ao controle químico curativo, dentre os produtos utilizados, destacaram-se o fentoato (Cidial 50 E) a 750 g ia/ha, cartap (Cartap 50 PS) a 750 g ia/ha e o permethrin (Pounce 384 CE) a 50-75 g ia/ha, produtos estes de uso generalizado no mercado nacional de defensivos agrícolas.