Influência do fluxo de umidade na distribuição da precipitação na América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Braz, Dejanira Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-23042021-174040/
Resumo: Dado o importante controle de JBNN sobre os eventos de tempo e clima, o objetivo deste estudo é obter uma climatologia sazonal completa de JBNNs sobre a América do Sul e suas fontes de umidade e sumidouros associados. Portanto, aplicamos o índice JBNN proposto por Rife et al. (2010) para identificar os jatos, e utilizou o modelo Lagrangiano FLEXPART (Stohl et al., 2005) para obter as fontes / sumidouros de umidade por um período de 37 anos (1980-2016). Seis núcleos JBNN selecionados são identificados de acordo com o índice do jato que considera o cisalhamento da velocidade do vento vertical da troposfera inferior às 00:00 hora local (LT). O modelo Lagrangiano FLEXPART fornece as fontes e sumidouros de umidade para os núcleos JBNN (Argentina, Venezuela e regiões do Brasil: sul - Brasil-S, sudeste - Brasil-SE, norte - Brasil-N e nordeste - Brasil-NE). A análise é baseada em 37 anos (1980-2016) da reanálise ERA-Interim. Descobrimos que o índice JBNN é mais forte nos períodos quentes do ano (primavera e verão austral) nas seis regiões selecionadas. A frequência de JBNN também é maior nos meses quentes do ano, exceto no Brasil-NE que permanece muito frequente em todos os meses. Brazil-NE JBNN também persiste por 8 ou mais dias, enquanto outros JBNNs freqüentemente persistem por um ou dois dias. Os JBNNs ocupam uma ampla camada de baixo nível (de 1000-700 hPa) e exibem velocidade média entre 7-12 m/s, com pico principalmente em 900 hPa. O transporte de umidade para cada JBNN mostra que, além das intensas fontes locais de umidade, os JBNNs da Argentina e do Brasil-S recebem umidade do Oceano Atlântico Sul tropical-subtropical e da bacia amazônica, enquanto o Oceano Atlântico Sul tropical-subtropical é a principal fonte de umidade para Brasil-SE JBNN. Para esses JBNNs, a umidade precipitará (sumidouro de umidade) sobre o centro-norte da Argentina, sul do Brasil, parte do sudeste do Brasil e o Oceano Atlântico Sul subtropical. Tanto as fontes de umidade quanto os sumidouros são mais fortes durante o verão e outono austral. O JBNN Brasil-NE recebe umidade do Oceano Atlântico Sul tropical, que possui fraca sazonalidade. As fontes de umidade para os JBNNs Brasil-N e Venezuela vêm do Oceano Atlântico Norte tropical durante o verão e outono austral, enquanto o Oceano Atlântico Sul tropical aparece como uma fonte adicional de umidade no inverno austral. Este estudo é de suma importância, pois fornecerá orientação para a previsão do tempo, identificando as regiões onde os JBNNs são mais frequentes. Além disso, a identificação das fontes e sumidouros de umidade para cada JBNN pode ajudar a compreender os eventos climáticos extremos de seca ou inundação.