Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Guilherme de Souza Campos Portugal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11153/tde-04042024-143939/
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Resumo: |
A presente dissertação aborda a crescente tendência de “fuga de cérebros” brasileiros observada entre o período de 2015 a 2020, termo utilizado para expressar a saída de profissionais qualificados em busca de melhores oportunidades e/ou condições de vida no exterior. A análise compreende o período recente de grande instabilidade política e econômica no Brasil, particularmente a descontinuidade das políticas e programas públicos de incentivo à formação universitária e em ciência e tecnologia, observando a possível influência nas decisões dos emigrantes brasileiros. Ainda que a mídia venha apresentando dados bastante preocupantes sobre o fenômeno, a “fuga de cérebros” tem sido pouco estudada nas universidades. Assim, este trabalho busca contribuir para a compreensão do fenômeno a partir de uma pesquisa qualitativa, contemplando as subjetividades, dando voz aos emigrantes ao buscar conhecer suas motivações, experiências, desafios e frustrações. Além da revisão de literatura, a metodologia, baseada em pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, está fundamentada em entrevistas semiestruturadas, valendo-se da técnica da análise de conteúdo por inferência, ao interpretar de forma controlada e categórica, os resultados obtidos. A análise permitiu identificar como principal motivação para a emigração, o alcance do bem-estar proporcionado pelo maior poder de compra da remuneração aferida pelo trabalho e o equilíbrio entre jornada de trabalho e “tempo livre”, o que resulta em maior segurança financeira, física e psicológica nos países escolhidos. Em contrapartida, a ainda persistente intolerância, a xenofobia, o estranhamento e desafios em se adaptar a uma cultura diferente matizam essa visão idílica sobre a decisão de sair do Brasil, acrescida a observação dos entrevistados à superioridade do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro quando comparados ao custo e ao acesso à saúde no local de destino. |