Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Layde Teixeira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97139/tde-28112019-170913/
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Resumo: |
Sistemas carreadores de princípios ativos visam modificar as propriedades físico-químicas limitantes dos fármacos, melhorando, desta forma, a sua farmacodinâmica (potencialização do efeito terapêutico), farmacocinética (controle da absorção e distribuição nos tecidos) e reduzindo os seus efeitos toxicológicos (toxicidade local e sistêmica). A modificação da permeabilidade e solubilidade de um princípio ativo é um fator crucial para melhorar sua administração e aumentar sua biodisponibilidade. Nesse contexto, o principal objetivo deste trabalho consiste no preparo de partículas a partir de copolímeros anfifílicos enxertados, biocompatíveis e biodegradáveis, para favorecer a administração e prolongar a liberação de princípios ativos. Os copolímeros anfifílicos foram obtidos a partir da modificação química da pululana (Pull) com poli(ε-caprolactona) (PCL), ou poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) (PHBHV), via reação de cicloadição 1,3-dipolar entre alcino e azida ou CuAAC. Primeiramente, as hidroxilas da pululana foram parcialmente modificadas com brometo de 2-bromopropanoíla. Em seguida, os átomos de bromo foram substituídos por grupos azida, através da reação com azida de sódio. Em paralelo, a PCL e o PHBHV foram funcionalizados com grupos alcino. Através da reação de cicloadição 1,3-dipolar, a PCL, ou o PHBHV, foram, então, enxertados nas cadeias de pululana. Os polímeros foram caracterizados pelas técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN 1H), Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC), Espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios-X (XPS) e Difratometria de Raio-X (DRX), entre outras, as quais confirmaram a modificação química prevista em cada etapa. A concentração de agregação crítica (CAC) foi avaliada através da análise de fluorescência, obtendo-se um valor igual a 6,6*10-4 mg.mL-1. Finalmente, a pululana-graft-poli(ε-caprolactona) (Pull-g-PCL) foi utilizada para o preparo de partículas poliméricas biodegradáveis, e encapsulação de indometacina, através do método de diálise. As partículas foram avaliadas em termos de diâmetro médio (DP), polidispersidade e morfologia, através das técnicas de Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM). Foram obtidas partículas com DP de 220,0 e 273,7 nm, com e sem indometacina, respectivamente. A eficiência de encapsulação da indometacina foi de 35,5 %. A cinética de liberação da indometacina foi avaliada in vitro a 37 °C e em pH 7,4, apresentando um perfil de liberação descrito pelo modelo matemático de Korsmeyer-Peppas, com expoente de liberação n igual a 0,8, o que indica uma difusão anômala, ou seja, um mecanismo de difusão não-Fickiano. Quando comparados os valores de constante cinética de dissolução da indometacina livre observa-se a eficiência do copolímero anfifílico no controle da liberação in vitro do fármaco. As partículas preparadas apresentaram potencial para aplicação em sistemas de liberação controlada de princípios ativos hidrofóbicos. |