Resposta do Estuário de Santos e São Vicente às pressões naturais e antropogênicas dos últimos 200 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sartoretto, Juliê Rosemberg
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21137/tde-12032020-163831/
Resumo: Embora geologicamente recente, a atividade antrópica tem tido grande influência no ambiente global. O termo Antropoceno vem sendo utilizado para marcar uma era na qual os impactos humanos na Terra vem tomando grande força. Embora essa influência seja evidente, muito se discute a respeito do período que se iniciaria. Entre os marcos sugeridos para o início dessa nova era, destaca-se a Revolução Industrial. O estuário de Santos e São Vicente localiza-se em um dos locais mais amplamente povoados e explorados do Estado de São Paulo. Ao longo do Antropoceno, sofreu um intenso processo de urbanização e industrialização que acabou por afetar diretamente seus equilíbrios naturais. O objetivo do presente trabalho foi compreender as variações ocorridas nesse sistema no que diz respeito à deposição de sedimentos e fluxo de metais ao longo dos últimos 150 anos. Para atingir tal objetivo foram analisados: teor de sedimentos finos, isótopos de C e N, fluxos de metais disponíveis e residuais e fluxo de massa em seis colunas sedimentares. A partir desses, foi possível observar que os parâmetros analisados foram efetivos na interpretação das mudanças naturais e antropogênicas ocorridas ao longo do tempo. A origem da matéria orgânica e teor de sedimentos finos permitiram constatar variações naturais ocorridas, demonstrando períodos de maior e menor pluviosidade. Os fluxos de massa coincidiram com o histórico de ocupação da região, aumentando significativamente ao longo do tempo. Testemunhos localizados em regiões primeiramente ocupadas apresentaram variações de fluxo anteriores aos demais. As oscilações no teor de sedimentos finos coincidiram com as atividades de dragagem na região. Já os fluxos de metais residuais e disponíveis permitiram notar uma influência antrópica na deposição de alguns metais no sedimento, coincidindo com o histórico industrial e portuário. Destacou-se, entre os elementos estudados o Hg, que apresentou significativo aumento de fluxo no sistema nos últimos 50 anos.