Análise da armazenagem e dos preços de milho no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Ruas, Davi Guilherme Gaspar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220207-164627/
Resumo: O presente trabalho analisa diversos aspectos de preço e de decisão quanto à armazenagem de milho no Estado de São Paulo. Apresenta-se inicialmente uma pequena introdução que inclui o problema e sua importância. No capítulo seguinte é feita a revisão de literatura. No capítulo da metodologia e feita uma exposição a respeito dos dados utilizados no trabalho e também a respeito dos métodos empregados. Discute-se então, a análise da margem de comercialização assim como sua análise econométrica. Dessa última calcula-se a elasticidade de transmissão da preço. Ainda na metodologia apresenta-se o método de análise da variação estacional de preços utilizando-se da média geométrica móvel. Por último discute-se o modelo para análise do efeito de expectativas de preço na armazenagem de milho no CEAGESP. Para este fim usa-se um modelo de defasagem distribuída. Na parte de resultados, verificou-se que a margem de comercialização média do milho no Estado de São Paulo, no período 1965/75 foi em torno de 43,9% do preço do varejo. A participação média do produtor no preço de varejo foi de 56,1% no período da pesquisa, a do varejista foi de 30,5% e a do atacadista de 13,4%. Quanto à análise econométrica, o "markup" relativo mostrou-se decrescente em todo o período, para os três níveis a não podemos rejeitar a hipótese de que a margem absoluta é constante. Fazendo análise da elasticidade de transmissão de preço, observa-se que sempre foi menor do que 1. Em média no período de 1965/75 as elasticidades de transmissão de preço foram as seguintes: 0,4; 0,76 e 0,47 respectivamente para elasticidade total, do atacado e do varejo. A amplitude de variação do índice sazonal para o produtor, atacadista e varejista foi respectivamente 28,3; 20,7 e 14,5, portanto o preço recebido pelos produtores variaram mais do que os do atacado e estes mais do que os do varejo. Analisando os dados sobre quantidade de milho armazenada no CEAGESP, no período 1965/76, verificou-se que em média, o milho ocupou 14% da capacidade total, o que representa 7,1% da produção média do Estado no período. Quanto à expectativa de preço futuro dos usuários do CEAGESP, os resultados foram os seguintes: (a) a elasticidade-preço de curto prazo (com respeito ao preço do mês) sugere que se ocorrer uma variação de 10% no preço do mas em relação ao mês anterior, haverá uma variação de 6,3% nos estoques do mês em relação ao do mês anterior, mas em sentido contrário; (b) a elasticidade-preço de longo prazo (com respeito ao preço esperado no mês seguinte) sugere que uma variação de 10% no preço esperado para o mês seguinte em relação ao preço do mês leva a uma variação de 10,9% nos estoques no mesmo sentido. Dos resultados obtidos são extraídas implicações de ordem teórica e política, ressaltando o papel das políticas de crédito para comercialização e de armazenagem, visando uma redução nas oscilações de preços e uma regularização do abastecimento do milho.