Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves, Álvaro de Miranda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-11042024-102540/
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Resumo: |
A criopreservação espermática é considerada um processo - chave para o uso das biotecnologias reprodutivas em bovinos, como inseminação artificial e produções in vivo e in vitro de embriões. No entanto, tal técnica causa redução da qualidade espermática, sendo o estresse oxidativo um dos principais mecanismos envolvidos em injúrias espermáticas pós-descongelamento. Neste contexto, acredita-se que a mitocôndria possua um papel central no desequilíbrio oxidativo durante a criopreservação espermática, por ser a principal fonte liberadora de espécies reativas de oxigênio (EROS). Assim, uma possível alternativa para melhorar a qualidade espermática pós-criopreservação seria uma terapia específica tendo como alvo essa organela, visando reduzir a liberação excessiva de EROS neste processo. Uma molécula promissora seria o MitoTEMPO que é capaz de quelar metais de transição responsáveis pela reação de Fenton, prevenindo a geração do radical hidroxila. Além disso, esta molécula possui papel na matriz mitocondrial com ação mimética de superóxido dismutase, o que, no entanto, pode levar a um acúmulo de peróxido de hidrogênio. Desta forma uma associação com mecanismos voltados ao peróxido de hidrogênio seria necessária (e.g., GSH). Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar se o tratamento com o protetor mitocondrial MitoTEMPO, associado ou não à GSH, é capaz de prevenir a produção excessiva de EROS por meio da proteção e manutenção da função mitocondrial, melhorando aspectos quantitativos e qualitativos espermatozoides criopreservados de bovinos. Para tanto, ejaculados de 17 touros (N=17) foram submetidos a criopreservação com diluidores suplementados com diferentes concentrações dos antioxidantes supracitados. Cada ejaculado foi dividido em 8 alíquotas, contendo concentrações crescentes da molécula MitoTEMPO (0, 25, 50 e 100 µM) com ou sem GSH (0 e 5 mM). Após a diluição de cada ejaculado nos meios contendo seus respectivos tratamentos antioxidantes, as amostras foram submetidas à criopreservação, descongelação e avaliação espermática. Observamos que as amostras, quando suplementadas em associação com GSH, apresentaram uma piora na de atividade mitocondrial (teste DAB), em algumas características da cinética espermática, como motilidade total, ALH e linearidade, e integridade de membranas plasmática e acrossomal. A suplementação somente com o MitoTEMPO não apresentou melhoras significativas na qualidade espermática após a descongelação. Os resultados do presente estudo indicam que a suplementação com MitoTEMPO e GSH nas doses utilizadas, associados ou não, não melhoram a qualidade espermática após a descongelação. |