Avaliação dos arcos dentais e das estruturas miofuncionais orais, em função do uso e tipo de chupeta, em crianças com dentição decídua completa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Zardetto, Cristina Giovannetti Del Conte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-25012001-110620/
Resumo: Neste estudo avaliou-se as características dos arcos dentais e das estruturas miofuncionais orais de 61 crianças na faixa etária de 36 a 60 meses que apresentavam hábito de sucção de chupeta ou não, e a relação entre o uso e tipo de chupeta com diversos aspectos comportamentais da mãe, grau de escolaridade materna e renda familiar. Estes últimos três aspectos foram avaliados por meio de questionário distribuído à s mães, e as características dos arco dentais e das estruturas miofuncionais orais por meio de exame clínico. As crianças foram dividas em três grupos conforme o uso e tipo de chupeta: 1. grupo que nunca sugou chupeta, 2. grupo que sugava somente a chupeta anatômica (ortodôntica) e, 3. grupo que sugava somente a chupeta convencional. Não foi encontrada associação estatisticamente significante entre o uso da chupeta e o sexo e número de irmãos da criança, renda familiar e grau de estudo formal da mãe. Verificou-se que o período de aleitamento materno menor e o fato de ter tido uma ou mais chupetas já no enxoval do bebê, favoreceram o uso da chupeta. Não foi encontrada relação estatisticamente significante entre o tipo de arco dental, relação terminal dos segundos molares decíduos, linha média e espaço primata entre os três grupos avaliados. Notou-se que a relação canina Classe II foi significantemente maior nas crianças que sugavam chupeta do que naquelas que não tinham este hábito. Constatou-se que tanto a chupeta anatômica como a convencional, favoreceram o desenvolvimento da mordida aberta anterior e cruzada posterior. Não houve diferença estatisticamente significante entre as médias de mordida aberta anterior nas crianças que usavam chupeta convencional ou anatômica (p=0,344). A prevalência da mordida cruzada posterior foi estatisticamente maior nas crianças que sugavam a chupeta convencional do que naquelas que sugavam a anatômica (ortodôntica) ou não tinham este hábito (p=0,010). As distâncias intercaninas do arco superior foram significantemente menores nas crianças que sugavam chupeta do que naquelas sem este hábito. Já nas distâncias intercaninas do arco inferior, não houve diferença entre os três grupos. A dimensão da sobressaliência foi maior em ambos os grupos de chupeta quando comparados ao grupo sem hábito de sucção (p=0,000). Em relação ao modo de sugar a chupeta, observou-se que a sobressaliência nas crianças que sugavam sempre a chupeta (p= 0,021), foi estatisticamente maior do que daquelas que sugavam às vezes . Das estruturas miofuncionais orais avaliadas, houve associação estatisticamente significante entre a mobilidade da bochecha (p=0,022) e formato do palato duro (p=0,042) com o uso e tipo de chupeta; sendo que as crianças que nunca sugaram chupeta, apresentaram uma prevalência maior de normalidade destas duas estruturas do que aquelas que sugavam chupeta.