Ação inotrópica positiva do extrato metanólico da alga clorofícea Bryopsis pennata (Chlorophyta, Caulerpales)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Natali, Andrea Lucia Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-07042008-172134/
Resumo: As algas marinhas representam uma rica fonte de compostos bioativos, algumas delas precurssoras de ferramentas farmacológicas e de substâncias potencialmente úteis para o desenvolvimento de novos fármacos. A macroalga Bryopsis pennata , Cloroficea pertencente à ordem Caulerpales, sin. Bryopsidales é uma espécie tropical encontrada em diversos costões rochosos. É uma pequena alga de cor verde-musgo, plumosa, que geralmente forma agrupamentos homogêneos e vive fixada em superfícies sólidas como corais e rochas. Essa espécie produz uma defesa química tóxica para organismos herbívoros, além de promover alelopatia e se reproduzir facilmente a partir de pequenos fragmentos. Possui um potencial de se tornar invasiva e dominante em condições ambientais favoráveis como águas ricas em nutrientes. A ausência aparente de predadores conhecidos, indicaram a presença de possível defesa química nesta espécie. Por ser uma espécie que possui aparentemente pouco ou nenhum predador, uma vez que esta se encontra, na maioria das vezes, intacta no ambiente, o presente da continuidade a um trabalho anteriormente realizado que versa sobre a investigação de um efeito farmacológico cardiotônico, inotrópico positivo, da fração polar do extrato metanólico oriundo dessa alga marinha. Inicialmente foi feito um breve estudo farmacológico da atividade citotóxica e hemolítica do extrato polar. Posteriormente evidenciamos o efeito cardiotônico da fração polar de algas cultivadas e coletadas em tiras ventriculares de anuro, comparamos com a resposta cardiotônica quando submetido a ação do propranolol e finalmente evidenciamos algumas características bioquímicas das frações ativas. Nas atividades citotóxicas a fração polar da alga coletada provocou deformações na morfologia dos ovos de ouriço-do-mar e não apresentou atividade hemolítica em eritrócitos de camundongo. O efeito cardiotônico em tiras ventriculares de anuros ficou fortemente evidenciado nos testes com extratos polares de algas coletadas e cultivadas. Estudos comparativos realizados com extratos de algas coletadas e de algas cultivadas em laboratório, demonstraram efeitos farmacológicos similares entre os extratos, demonstrando não haver influencia dos contaminantes, tais como cianobacterias, nas respostas cardiotônicas. O propranolol antagonizou o efeito da fração polar dessa alga e enzimas endopeptidases não reagiram com o extrato metanólico de Bryopsis pennata. Testes bioquímicos demonstraram que a fração polar de peso molecular menor que 10.000 daltons de caráter iônico ácido foi a fração que manteve os efeitos inotrópicos cardíacos.