Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Campos, Lucas Baccarat Silva Negrão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04122019-154008/
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Resumo: |
A concepção semântica de verdade elaborada por Tarski causou grande impacto sobre diversos membros do Círculo de Viena e, consequentemente, também alterou substancialmente os debates promovidos entre estes. No caso de Carnap, por exemplo, a definição tarskiana de verdade foi particularmente bem recebida e motivou uma guinada definitiva do filósofo alemão à semântica formal. Esta apreciação de Carnap, no entanto, não era compartilhada por todos os membros do grupo vienense. Neurath, por exemplo, criticou ferozmente a semântica tarskiana, desde o seu primeiro contato com mesma. De acordo com o autor, a definição de verdade reavivava a metafísica aristotélica nas discussões do Circulo de Viena e não poderia jamais ser conciliada com um empirismo legítimo. Com o passar do tempo prevaleceu o otimismo de Carnap quanto à semântica, sendo o criticismo de Neurath relegado à um segundo plano, tido como ou motivado por sua adesão a uma teoria coerencial da verdade ou como uma espécie de reação irracional de quem não compreendeu adequadamente o significado e as reais implicações da concepção semântica de verdade. Esse, no entanto, entendimento foi contestado por algumas leituras recentes: (a) uma delas defende que a crítica de Neurath era motivada por alguns pressupostos filosóficos muito fundamentais que guiavam sua concepção de linguagem e; (b) a outra defende que as críticas de Neurath devem ser vistas como parcialmente adequadas e parcialmente como um erro historicamente motivado. Ambas essas novas leituras rejeitam a ideia de que as críticas de Neurath à concepção semântica de verdade se fundamenta em uma teoria coerencial da verdade ou que esta se deva a uma reação emocional. Nesta dissertação, nós procuramos avaliar a questão e nos posicionar dentre as linhas de interpretação. |