Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bittar-Godinho, Juliana de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-28062019-161659/
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Resumo: |
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) pode ser vista como resultado de forças institucionais e políticas que influenciam a adoção de certas práticas pelas empresas na busca por legitimidade. Tais práticas incluem a colaboração com o Estado a partir de políticas já existentes, além de esforços da empresa para criar novas políticas. Empresas também colaboram com o Estado na sua capacidade administrativa e física para resolver problemas sociais. Isso pode ser feito por filantropia ou participação em programas governamentais ou pelo desenvolvimento de soluções inovadoras por parte da empresa (Zhao, 2012). O objetivo desta pesquisa é analisar como as empresas brasileiras utilizam a RSC em suas estratégias de legitimidade política e qual o papel desempenhado pelas fundações corporativas (FCs) nesse processo. Realizou-se uma análise qualitativa de conteúdo sobre as interações entre empresa-Estado a partir de 104 relatórios de sustentabilidade, no período entre 2015-2017, de empresas listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), em junho de 2017 A análise qualitativa foi realizada para identificar as interações empresa-Estado nos relatórios e para classificá-las em tipos de estratégias de legitimidade via RSC. Por análises de regressão, buscou-se evidenciar as diferenças na adoção de estratégias de legitimação política via RSC entre empresas que possuem fundação e aquelas que não possuem. Foram definidas as seguintes hipóteses: H1 - Empresas que possuem fundações corporativas exercem mais a RSC que cria novos arranjos políticos do que as empresas que não possuem fundações corporativas; H2 - Empresas que possuem fundações corporativas exercem mais a RSC que cria novas capacidades para que o estado responda a questões socioambientais do que as empresas que não possuem fundações corporativas; H3 - Empresas que possuem fundações colaboram de forma mais intensiva com organizações sem fins lucrativos do que aquelas que não possuem fundações. Os dados gerais (empresas com e sem FCs) mostram uma média maior de atividades de legitimidade política via RSC, classificadas como Estratégia: \"Políticas existem, empresas usufruem\", indicando uma dependência das atividades de RSC às leis de incentivo e em conformidade com regulamentações em áreas como meio ambiente. Em relação às FCs, análises de regressão mostraram influência significativa das FCs nas estratégias de \"Mudar arranjos políticos existentes\" e \"Fornecer inovação para a capacidade operacional e decisória do Estado\". Foram encontradas atividades na área de formulação de políticas públicas setoriais, de educação, além da participação das fundações na gestão pública, fornecendo novas soluções para problemas sociais em parceria com o Estado. |