Análise do fluxo de transporte rodoviário de toras curtas de eucalipto para algumas indústrias de celulose e de chapas de composição no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Sousa, Roberto Antonio Ticle de Melo e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-143215/
Resumo: O trânsito de caminhões em rotas opostas transportando toras curtas de eucalipto nas rodovias paulistas é indicativo da existência de ineficiências no transporte desta matéria prima para o abastecimento das indústrias do setor florestal no estado. A rapidez nos fluxos de transporte, a crescente competitividade dos mercados, as exigências de padrões de qualidade e as expectativas da sociedade quanto ao meio ambiente, são apontados como fatores que tornam urgente a necessidade de se desenvolver e estudar processos de tomada de decisão, com recursos de otimização, que apoiem a atividade de planejamento do transporte principal de madeira. Com o objetivo de analisar e avaliar a eficiência deste tipo de transporte, o estudo envolve quatro indústrias de celulose e papel e duas de chapas de composição utilizando toras curtas de eucalipto provenientes exclusivamente de florestas plantadas. Foram delineados três modelos de transporte em programação linear, que são comparados entre si e com o transporte de madeira realizado por estas seis indústrias no ano de 1996. Os resultados das soluções ótimas dos modelos expressos em termos de custos, toneladas transportadas e quilômetros percorridos, foram comparados com os valores observados do fluxo de transporte efetivamente realizado. O primeiro modelo desconsidera o vínculo de propriedade entre indústrias e povoamentos, o segundo modelo mantém a desconsideração deste vínculo e insere a opção do uso de diferentes tipos de caminhões para proceder ao transporte principal. A perspectiva exclusivamente individual caracteriza o comportamento do terceiro modelo que trata cada indústria isoladamente, criando um cenário de ausência de competição na demanda por madeira. Os resultados são analisados considerando-se a situação individual de cada uma e o conjunto das seis indústrias. As soluções ótimas dos dois primeiros modelos apresentam para o conjunto, percentuais de trocas de fontes de abastecimento de 62,1% e 64,9%, acompanhados de reduções nos custos totais de transporte de respectivamente 12,8% e 29,6%. Todas as indústrias participam do processo de trocas com percentuais que variam de 33% a 80% e individualmente apresentam reduções no custo total de transporte variando entre 5% e 52,4%. Ao avaliar a contribuição da variável “tipo de transporte” tanto por indústria como para o conjunto, a magnitude dos resultados obtidos questiona o processo de “terceirização” do transporte principal de madeira, largamente difundido entre as empresas. Os resultados sugerem que a “verticalização” deste transporte, traz embutida uma opção administrativa que leva a consideráveis ganhos de competitividade devido à existência de margens de eficiências operacionais e econômica ainda não exploradas