Tirando um lazer: práticas, conflitos e sociabilidade de jovens moradores do bairro Matagal na periferia de Cotia (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Wesllen Cosme de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-06072022-122015/
Resumo: O presente estudo é resultado de pesquisa etnográfica a respeito da construção da sociabilidade e do lazer entre jovens moradores das periferias de Cotia, cidade da Região Metropolitana de São Paulo. Esta dissertação procurou desvendar e analisar: os caminhos percorridos por estes na construção do lazer; as práticas de lazer em torno de pontos centrais como o bar, o futebol e o baile, e a construção da sociabilidade entre eles; a circulação e a produção do lazer em diferentes espaços e relações que se estabelecem entre jovens, instituições públicas e sociedade, a partir dessas práticas. Essa temática sempre esteve presente na minha condição de morador da cidade e agora é retomada, analiticamente, no mestrado. De início, o universo escolhido foi o bairro Matagal e os jovens que circulavam em três pontos fixos de lazer: o bar, o baile e a \"bola\" (campos de futebol de várzea). Entretanto, durante o trabalho de campo, ampliei os limites da investigação ao perceber que as circulações desses jovens pela cidade extrapolavam os lugares inicialmente propostos. Desse modo, esta etnografia foi constituída a partir do circular pela cidade e dos rolês pela urbe, tendo percorrido a cidade em companhia deles em inúmeros eventos. A circulação é uma dimensão fundamental para se \"tirar um lazer\", conforme expressão usada com regularidade pelos jovens de Cotia. A circulação é, portanto, princípio fundamental do rolê, na produção e extração de lazer entre esses jovens negros e periféricos em diferentes locais e práticas. Essa mobilização promove conflitos e atritos, mas congrega jovens que se tornam amigos e solidários no enfrentamento de ações cerceadoras dessas práticas.