Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Carolina de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22122016-112256/
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Resumo: |
Esta dissertação explora ocorrências de leitura não convencional, deslizes cometidos por leitores ao entrar em contato com textos. Mesmo fugindo de uma abordagem moralista e classificatória, foi levada em conta a diferença entre o trabalho realizado por sujeitos que já podem ser considerados leitores competentes daquele empreendido por leitores que carecem de maior aprofundamento em sua educação. Isso posto, é preciso esclarecer que as ocorrências de deslizes foram consideradas parte do processo de construção de conhecimento (ESTEBAN, 2000, 2001; SUASSUNA, 2004), razão por que nossa tentativa de interpretar as formulações desviantes e suas causas visava romper com a lógica do fracasso e, em seu lugar, buscar uma problematização que pudesse resultar na criação de novos saberes. O corpus foi constituído por materiais de duas naturezas: a) notícias; e b) textos publicados na internet e os comentários a respeito deles publicados pelos leitores. Com base em um referencial teórico que contemplava diferentes vertentes do estudo da leitura (GREIMAS, 1979; MARCUSCHI, 1985; FREIRE, 1991; GERALDI, 1993, 1996; SOLÉ, 1998; BRANDÃO, 1998; CARDOSO, 1999; POSSENTI, 2002, 2009; SMITH, 2003; BARZOTTO, 2009; MARCUSCHI, 2009; RIOLFI, 2015), buscou-se recuperar o percurso que levou alguém a ler de modo não convencional. Algumas das fontes de leituras não convencionais que se tornaram visíveis com o aprofundamento da análise foram elementos linguísticos como incompreensão de temporalidade e conjugação verbal, dificuldade de partilhar ironia, atribuição inexata de sentidos a palavras polissêmicas e desconhecimento dos efeitos de sentido gerados por conjunções e locuções conjuntivas. Entre os elementos extratextuais, destacamos o alheamento ao conteúdo do texto, quando o leitor parece tirar conclusões com base em manchetes; o viés de confirmação, quando a pessoa só lê para confirmar o que já estava procurando, e a interferência de crenças, experiências e ideias individuais. Concluímos que, para evitar que as leituras desviantes coloquem em risco a própria elaboração intelectual, como alertou Riolfi (2015), é urgente que, na escola, tome-se a leitura como objeto prioritário. Em vista disso, cabe aos professores instruir seus alunos de modo a ressignificar a relação entre textos e leitores e, assim, redefinir os meandros da interpretação. |