Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Álisson Herculano da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-14052024-161443/
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Resumo: |
A busca incessante por estratégias nutricionais que otimizem a saúde e o desempenho dos equinos tem conduzido a uma crescente atenção para investigações que visam aprimorar a saúde gastrointestinal e a eficiência digestiva de equinos. Entre elas, a inclusão de leveduras na dieta equina tem se mostrado tema relevante de pesquisas científicas, com maior notoriedade para a espécie Saccharomyces cerevisiae. Entretanto, pouco se conhece sobre as complexas interações entre leveduras e bactérias no trato gastrointestinal de potros durante a fase de lactação, principalmente, como essas leveduras interferem na colonização da microbiota desses animais. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é avaliar as implicações da suplementação com levedura viva protegida (Saccharomyces cerevisiae NCYC Sc 47) na saúde digestiva e no desenvolvimento de potros durante a fase lactacional. O experimento foi realizado no Haras Vila Colonial, localizado em Analândia SP em conjunto com o Laboratório de Pesquisa em Saúde Digestiva e Desempenho de Equinos - Pirassununga/SP. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado (D.I.C.) com medidas repetidas no tempo. A dieta consistia no consumo ad libitum de pastagem formada por capim Tifton 85 (Cynodon spp), mais uma complementação concentrada. Os potros foram divididos em dois grupos de 15 animais cada: 1) grupo controle; 2) grupo suplementado: 5 g de levedura Saccharomyces cerevisiae NCYC Sc 47 à cada 100 quilos de peso vivo, por dia, equivalente a 7,5 x 1010 UFC, fornecido via oral. A suplementação iniciou aos três dias de vida com duração total de seis meses. Foram realizadas coletas de fezes em dias específicos durante o período experimental para avaliação dos parâmetros de atividade microbiana e inflamatórios, como imunoglobulina A fecal, ácidos graxos de cadeia curta, ácido lático e análise do microbioma fecal, através do sequenciamento de DNA pelo gene 16S rRNA. Ao final, os dados, exceto o microbioama, foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de significância de 5%. utilizando o PROC MIXED do Statistical Analysis System (SAS, versão 9.0). Os dados do microbioma fecal foram analisados através do software Mothur v.1.44.32, seguindo o Procedimento Operacional Padrão. O estimador de riqueza de Chao, o índice inverso de Simpson e o índice de Shannon foram utilizados para caracterizar a diversidade alfa ao nível de gênero da taxonomia. A diversidade beta avaliando semelhanças entre as amostras foi abordada pelo índice de Jaccard e o índice de Yue e Clayton, respectivamente, os membros da comunidade e a estrutura. Além disso, foi explorada visualmente usando a análise de coordenadas principais (PCoA). Quando houve efeito significativo, foi utilizado o teste LSD de Fisher com valor de P de 0,05 para atribuir significância. Os filos de bactérias predominantes em ambos os grupos foram, Firmicutes (41%) seguido por Bacteroidetes (28%), Verrucomicrobia (18%), Proteobacteria (4%) e outros (8%). Além disso, os potros suplementados apresentaram maior população microbiana em 8 gêneros de bactérias, destacando-se Fibrobacter, Treponema e Megasphaera. Não houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos quanto aos níveis de ácidos graxos de cadeia curta nas fezes dos potros. Entretanto, destaque-se um efeito temporal significativo (P<0,05). Semelhantemente, não houve diferença (P>0,05) nas concentrações de ácido lático e de IgA fecais, entre os tratamentos, para o IgA observou-se um efeito significativo (P<0,05) de tempo, especificamente nos dias 153 e 165, imediatamente após o período de desmame. Por fim, não foram observadas diferenças (P>0,05), entre os tratamentos, em nenhuma das variáveis de desenvolvimento avaliadas. Em conclusão, A adição de levedura viva protegida (Saccharomyces cerevisiae NCYC Sc 47) como suplemento para potros na fase lactacional, auxilia na modulação da microbiota fecal, aumentando principalmente, a população fibriolítica, podendo contribuir na manutenção da saúde digestiva desses animais. Porém, não influenciou os parâmetros de fermentação microbiana, nem tão pouco foi capaz de influenciar o desenvolvimento dos potros. |