Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Iasmim Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-03062022-094238/
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Resumo: |
Os imaturos da ordem Lepidoptera apresentam uma variada gama de estratégias defensivas, que instigou pesquisadores desde os naturalistas. Lagartas que possuem coloração conspícua, são frequentemente associadas com a estratégia de defesa chamada aposematismo. O aposematismo é um mecanismo de defesa, no qual o predador identifica a presa através da sua coloração de advertência, ataca a presa, porém, a presa vai possuir uma defesa secundária muito desvantajosa para o predador, que fará com que ele crie uma imagem de evitação e à evite em próximos encontros. Essa estratégia de defesa é bem estuda para imaturos de lepidópteros terrestres, porém ainda não há estudos para a fauna de lepidópteros aquáticos e semiaquáticos. A lagarta semiaquática Paracles klagesi ocorrem em áreas de vereda no bioma Cerrado, todo o seu desenvolvendo larval ocorre na água, essa mudança de habitat é possível pela presença de suas cerdas hidrofóbicas, que possibilitam sua respiração e locomoção. Seus estágios iniciais de vida possuem cerdas pretas, e com o avanço do seu ciclo se desenvolvem cerdas alaranjadas na parte dorsal, o que proporciona as lagartas uma coloração conspícua. Nesse sentido, a presente dissertação teve como objetivo de avaliar os mecanismos de defesa (i.g., coloração conspícua e cerdas) da lagarta semiaquática P. klagesi. Para isso, foi realizado em laboratório uma manipulação experimental com as lagartas de P. klagesi e as larvas de tenébrio Palembus dermestoides, Tenebrio molitor e Zophobas morio, que foram ofertados aos peixes ingênuos de Astronotus ocellatus. Na manipulação o predador (A. ocellatus) em três dias consecutivos teve interação com uma lagarta de P. klagesi e uma larva de tenébrio. Através de filmagens analisamos o comportamento de ataque e predação dos peixes. Nossos resultados mostram que, os predadores ingênuos atacaram menos as lagartas de P. klagesi em relação as larvas de tenébrios. Lagartas com a coloração conspícuas foram menos atacadas dos que lagartas apenas de coloração preta. As cerdas das lagartas atuam com a função de barreira, impedindo injúrias no corpo e a morte das lagartas quando atacadas pelos predadores. Concluímos através da manipulação experimental que as lagartas possem evidências de dispor do aposematismo como estratégia de defesa, ao serem desagradáveis aos peixes induzindo um comportamento de repulsa e por possuírem uma defesa secundária, as cerdas, muito eficaz contra os ataques. |