"Riscos ocupacionais, acidentes do trabalho e morbidade entre motoristas de uma central de ambulância do Estado de São Paulo"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Takeda, Elisabete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09032004-083307/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo geral investigar os riscos ocupacionais, os acidentes de trabalho e doenças que acometem motoristas de uma central de ambulância de Marília (São Paulo). Para o alcance do objetivo, utilizou-se como metodologia o estudo de caso, sendo a coleta de dados realizada por entrevista estruturada, com o auxílio de um formulário. Constituíram-se sujeitos do estudo 22 motoristas socorristas. Obteve-se a categorização dos dados direcionados pela literatura sobre riscos, acidentes de trabalho e doenças relatadas pelos motoristas socorristas. Todos os entrevistados eram do sexo masculino; 81,82% eram casados; 40,90% dos trabalhadores não concluíram o primeiro grau; 54,54% exerciam outra ocupação remunerada e 81,81% referiram ter o hábito de ingerir bebidas alcoólicas toda a semana em quantidades variadas. Os riscos encontrados foram os ergonômicos e suas subcategorias fisiológicas, psicológicas e organizacionais, riscos de acidentes, riscos biológicos e riscos físicos. Constatou-se que 13 (59,09%) dos motoristas relataram ter sofrido 19 acidentes de trabalho (AT). Dentre estes destacaram-se aqueles ocorridos em decorrência do excesso de exercícios e movimentos vigorosos e repetitivos, agressão, impacto, quedas e penetração de corpo estranho no olho. Dos 19 AT, 15 (78,94%) referem-se a traumatismos, 10,53% a dorsalgias inespecíficas, 5,26% a fratura de ossos do metatarso e 5,26% à presença de corpo estranho no olho. Quatro motoristas referiram ter adoecido, sendo que dois apresentaram traumatismos não especificados do abdome, dorso e pelve; um relatou transtorno de disco intervertebral e outro, afecção ocular devida ao vírus do herpes. No contexto estudado, pôde-se observar que se trata de profissionais que estão expostos a outros riscos alheios a sua categoria, além daqueles próprios por executarem trabalho de atendimento aos pacientes, não específico daquele prescrito para a referida profissão. Estratégias foram propostas no sentido de minimizar os riscos ocupacionais, os acidentes de trabalho e as doenças encontradas entre estes trabalhadores.