Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alvim, Carolina Ribeiro de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-19122024-141350/
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Resumo: |
O Movimento Empresa Júnior foi criado na França, em 1967, a partir de uma demanda dos alunos da École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales, situada em Paris, por uma empresa gerida exclusivamente por estudantes, na qual eles pudessem colocar em prática o conhecimento teórico aprendido na sala de aula (BRASIL JÚNIOR, 2015). Ele chegou ao Brasil no final dos anos 80, quando foi criada a primeira empresa júnior na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. A sua missão é Formar, por meio da vivência empresarial, lideranças comprometidas e capazes de transformar o país em um Brasil empreendedor (BRASIL JÚNIOR, 2021, p. 2) e fazem parte do MEJ mais de 33 mil alunos de graduação (chamados de empresários juniores), inseridos em mais de 1500 empresas juniores, distribuídas em 302 Instituições de Ensino Superior (Brasil Júnior, 2021f), faturando 88,4 milhões de reais em 2022 (Brasil Júnior, 2022b). Diante da amplitude desse Movimento e presença na universidade, principalmente as públicas, nos questionamos sobre o significado de uma empresa dentro da universidade e da proposta de formar por meio da vivência empresarial. Buscando responder essas perguntas, este trabalho tem como objetivo captar os discursos propagados pelo Movimento Empresa Júnior e investigar a sua atuação enquanto ambiente de formação na universidade. Para isso, realizamos uma análise documental com foco nos arquivos publicados pela Brasil Júnior, Confederação de Empresas Juniores do Brasil. Também realizamos conversas abertas com 11 pessoas que tiveram algum tipo de contato com o MEJ, selecionando 5 delas para uma segunda conversa no formato de entrevista semi-estruturada. Identificamos que o MEJ utiliza o empreendedorismo e a liderança como conceitos que agregam características importantes para o sujeito da racionalidade neoliberal. Ele se propõe a formar os sujeitos privilegiando a empresa enquanto espaço de formação e assumindo uma postura dupla na qual, ao mesmo tempo em que fornece serviços de consultoria para a sociedade, também atua como fornecedor de talentos para o mercado. Identificamos que o MEJ também pode assumir outros formatos, como o de espaço de formação de grupos e movimento estudantil, dependendo do contexto no qual está inserido. |