Resposta fisiológica e anatômica do açaizeiro e da palmeira real australiana ao sombreamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Uzzo, Roberta Pierry
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-15072008-143011/
Resumo: O presente trabalho envolve duas espécies de palmeiras produtoras de palmito comestível: o açaí (Euterpe oleracea) e a palmeira real australiana (Archontophoenix alexandrae) tendo por objetivo: medir os caracteres agronômicos, mensurar os caracteres fisiológicos em 3 ambientes de luminosidade, estudar a anatomia dos palmiteiros e avaliar o comportamento das duas espécies em vista de direcionar o produtor, em qual melhor ambiente luminoso deve-se plantar os palmiteiros. A hipótese assumida foi: o crescimento e desenvolvimento em condições de radiação diferente, acarretam em modificações fisiológicas e anatômicas que afetam o desempenho dos palmiteiros e sua produção. O experimento foi realizado em dois locais: Piracicaba (22o42\'11\" latitude Sul e 47o38\'09\" longitude Oeste, altitude 531 m), onde estava cultivado o açaí e em Pirassununga (latitude 21º59\'46\" Sul, longitude 47º25\'33\" Oeste, e altitude 627 m), onde se encontrava a palmeira real australiana, nos dois cultivos as plantas se encontravam com 36 meses de plantio a campo, estabeleceu-se 3 tratamentos: Pleno sol (PS), Meia sombra (MS) e Sombra (S), onde foram realizadas duas medições nos quais foram avaliados: caracteres agronômicos e fisiológicos, obtidos através do IRGA. Para esses caracteres uma análise preliminar dos dados foi desenvolvida para caracterizar a população amostrada. Calculou-se a média, o desvio padrão, o coeficiente de variação e os valores máximo e mínimo. Empregou-se o teste de Tukey adotando-se nível de 5 % de probabilidade. As análises foram complementadas com o estudo de correlações lineares, além das análises histológica e ultraestrutural, o delineamento empregado foi o inteiramente casualizado. Nos resultados observados em açaí, para o caráter diâmetro tanto o valor do diâmetro da mãe, como nos seus perfilhos (1, 2 e 3), o ambiente MS se mostrou mais adequado para a obtenção de um diâmetro maior. O número de perfilho (CV 32%) para o tratamento PS foi de 7,67, na MS 9,5 e na sombra 5,67, mostrando que existe uma maior tendência em se encontrar maior número de perfilhos em ambientes sombreados. Dentre os caracteres relacionados, os que apresentaram maior variabilidade foram o número de perfilho e número de folhas, com CV variando entre 32 a 29%. Adotando-se o teste de Tukey não houve diferença significativa nos parâmetros estudados, mostrando que existe uma tendência em estabilizar as medidas de caráter agronômico, independente de sua luminosidade. Para os caracteres fisiológicos ao longo do período experimental não houve diferença entre as respostas da fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Para os resultados da palmeira real australiana obtidos, o caráter número de folhas (CV 7%), observa-se que o número de indivíduos avaliados (40 plantas/ tratamento) foram suficientes para constituir uma amostra representativa da população, parecendo haver pouca variabilidade para ser explorada, isto pode ser devido à base genética restrita da mesma. Os coeficientes de variação estudados variaram de 7 % (número de folhas) a 19% (diâmetro médio da planta). Para os caracteres fisiológicos houve diferença significativa entre os caracteres. Na análise histológica e ultraestrutural houve diferença mostrando que plantas cultivadas a pleno sol possuem maior tamanho de parênquima paliçádico e maior número de estômatos.