Estudo morfométrico no acúleo de cinco espécies de Anastrepha Schiner, 1868 (Diptera: Tephritidae) do grupo fraterculus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Araujo, Elton Lucio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-121915/
Resumo: A taxonomia das espécies de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha é calcada basicamente no padrão alar e nas características do ápice do acúleo. Em alguns grupos, como fraterculus, os limites específicos são difíceis de serem reconhecidos, pois, pequenas diferenças morfológicas separam as espécies. Além disso, variações na forma do acúleo, ocasionados por fatores genéticos e ambientais, tornam ainda mais difíceis o reconhecimento desses limites. Neste trabalho foi avaliado a variação morfométrica no acúleo de cinco espécies de Anastrepha pertencentes ao grupo fraterculus - A. fraterculus (Wiedemann, 1830), A. obliqua (Macquart, 1835), A. sororcula Zucchi, 1979, A. zenildae Zucchi, 1979 e A. turpiniae Stone, 1942 -, com base em oito medidas. Observou-se também, (1) se havia algum fator geoclimático (latitude, longitude, altitude, temperatura e precipitação pluviométrica) correlacionado com algumas das medidas analisadas; (2) o grau de discriminação das populações por espécie; (3) o nível de agrupamento das populações para cada espécie e para as populações em conjunto. As populações analisadas - A. fraterculus (15 populações), A. obliqua (15 populações), A. sororcula (7 populações), A. zenildae (8 populações) e A. turpiniae (2 populações) - foram provenientes de vários Estados brasileiros. Para a tomada das medidas, os acúleos foram montados em lâminas, e desenhados com auxílio de uma câmara clara adaptada ao microscópio biológico. A partir das ilustrações, foram medidas oito distâncias no acúleo, nas quais foram baseadas as análises. Os resultados revelaram que as cinco espécies estudadas possuem um grande variação morfométrica, podendo em algumas ocasiões serem confundidas entre si. Entretanto, as espécies podem ser distinguidas, quando se combinam uma série de medidas. A longitude foi a única variável geoclimática que apresentou correlação significativa com o comprimento do ápice do acúleo e/ou com o comprimento total do acúleo. A altitude não apresentou correlação significativa com as medidas de nenhuma das espécies e os demais fatores nem sempre apresentaram correlações significativas com as medidas avaliadas. A análise discriminante revelou que foi praticamente impossível separar as populações de uma mesma espécie, com base nas oito medidas estudadas. Portanto, as variações intra-específica, observadas no acúleo dessas espécies, estão sendo corretamente interpretadas na identificação taxonômica. Através da análise de agrupamento foi observado que populações coletadas em regiões próximas, na maioria dos casos, ficaram em um mesmo grupo. Observou-se também que de uma forma geral, as populações ficaram agrupadas por espécie, exceto algumas populações de A. obliqua que ficaram separadas pelo grupo de populações de A. sororcula.