Efeito da dose do sufentanil intratecal na resposta ao estresse após intubação orotraqueal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barra, Maria Luiza Miayesi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-24042018-171229/
Resumo: A laringoscopia e a intubação traqueal produzem intensa resposta de estresse. Este estudo comparou o efeito da administração intratecal de 10 µg, 1,0 µg/Kg e 2,0 µg/Kg na resposta de estresse induzida pela intubação. Os pacientes foram casualizados em três grupos distintos, de acordo com a quantidade de sufentanil administrada pela via intratecal. Após administração de 0,05 mg/Kg de midazolam pela via venosa, todos os pacientes receberam sufentanilintratecal na quantidade determinada por um sorteio prévio. Aguardou-se o tempo de 10 minutos, nos quais os pacientes foram mantidos sob observação e, em seguida, a anestesia geral foi induzida com propofol (2,5 mg/Kg) e vecurônio (0,1 mg/Kg). Após ventilação sob máscara durante quatro minutos, os pacientes foram intubados mediante uma única tentativa, com laringoscopia de no máximo 20 segundos. A observação dos pacientes ocorreu em dois períodos distintos: um que contemplou o período compreendido entre a administração do sufentanil pela via subaracnóidea até imediatamente antes da indução anestésica e outro que compreendeu o período após a indução anestésica até seis minutos após a intubação orotraqueal. No primeiro período, avaliou-se o impacto do sufentanil subaracnóideo no comportamento hemodinâmico, no grau de sedação e no grau de ventilação. No segundoperíodo foi avaliado o comportamento hemodinâmico dos pacientes após a indução anestésica e a intubação traqueal. A glicemia foi quantificada nos dois períodos e serviu como parâmetro da resposta de estresse. Os pacientes foram avaliados em 15 momentos distintos (M1 - antes da punção venosa, M2 - um minuto após a administração do midazolam, M3 - imediatamente após a punção subaracnóidea, M4 - 2 minutos após a administração do sufentanil, M5 - 4 minutos após o sufentanil, M6 - 6 minutos após, M7 - 8 minutos após, M8 - 10 minutos após, M9 - 2 minutos após a indução anestésica, M10 - 4 minutos após, M11 - 30 segundos após a intubação, M12 - 1 minuto após, M13 - 2 minutos após, M14 - 4 minutos após e M15 - 6 minutos após). No primeiro período de observação, o comportamento hemodinâmico entre os três grupos foi semelhante. Houve diminuição da pressão arterial diastólica, pressão arterial média e da frequência cardíaca após administração do sufentanil, mas a pressão arterial sistólica manteve-se inalterada, exceto no grupo que recebeu 2,0 µg/Kg. Este grupo apresentou maior porcentagem de pacientes com depressão do grau de consciência e ventilação. Após intubação traqueal, o comportamento da frequência cardíaca foi semelhante nos três grupos e não houve aumento da pressão arterial sistólica, diastólica ou média no grupo que recebeu 2,0 µg/Kg. Somente este grupo teve diferença significativa da glicemia entre M1 e M15. Dentre as doses testadas, somente a de 2,0 µg/Kg atenua a resposta de estresse após intubação orotraqueal.