Fatores de risco associados à cárie dentária e ao alto nível de estreptococos mutans em crianças de 12 a 24 meses em creches do município de São Paulo - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pereira, Daniela Forlin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-07052007-171745/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar, em crianças de creches públicas e filantrópicas do município de São Paulo, a prevalência de cárie dental e os fatores de risco relacionados à presença de cárie e presença de altos níveis de estreptococos mutans (SM). Foram incluídas variáveis denominadas sociodemográficas, condições de gestação e nascimento, variáveis fisiológicas do estado nutricional, aleitamento materno e alimentação complementar, hábitos alimentares, variáveis comportamentais e odontológicas. O estudo foi desenvolvido em parceria entre a Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) e a Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP EPM). É parte integrante do Projeto Crecheficiente - Ações de Segurança e Educação Alimentar em Creches Públicas e Filantrópicas do Município de São Paulo. A população deste estudo foi constituída de 150 e 144 crianças, que participaram da avaliação odontológica e microbiológica respectivamente, entre 12 e 24 meses, de ambos os gêneros, regularmente matriculadas em cinco creches, sendo duas públicas e três filantrópicas. A coleta dos dados foi obtida por meio de entrevistas com as mães ou responsáveis, antropometria, coleta de sangue para dosagem de hemoglobina, avaliação odontológica (índices ceo-d e ceo-d modificado) e coleta salivar das mães e das crianças para teste de estreptococos mutans. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente utilizando análise de regressão logística univariada, considerando o nível de significância a 5%. Foram utilizadas as mesmas variáveis de risco e seus respectivos pontos de corte nas análises univariadas da avaliação odontológica e microbiológica. Das crianças examinadas 7,3% apresentaram experiência de cárie, sendo encontrada uma média do índice ceo-d igual a 0,09 e ceo-d mod de 3,37, sem diferença entre gêneros e tipo de creche. Em relação à presença de cárie, a análise de regressão univariada indicou significância dos seguintes fatores: o tempo de matrícula na creche, aleitamento materno exclusivo menor de 60 dias, idade do primeiro contato com açúcar, e níveis altos de SM que favoreceram a ocorrência da doença, o número maior de irmãos e a presença de biofilme visível foram significantes e associados com proteção. Dentre os alimentos citados encontrados na dieta dos lactentes, observa-se que o consumo de mel e o consumo de refrigerantes favoreceram a ocorrência da cárie dentária. Em relação à presença de SM, 72,9% das crianças tinham este microrganismo presente na cavidade bucal sendo que 9,5% apresentavam altos níveis de SM. As variáveis que influenciaram significantemente os altos níveis de SM foram: idade da mãe, idade de introdução do açúcar e presença de cárie dentária na criança. Em relação aos hábitos alimentares apenas o consumo de petit suisse favoreceu a quantidade elevada de SM. A contagem dos níveis salivares de SM da mãe não foi significante.