Os livros ilustrados por Wifredo Lam: Confluências do Surrealismo à Antilhanidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Benito, Xenia Roque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-19042022-174331/
Resumo: A tese pondera sobre como o exercício da interpretação de obras literárias de renomados intelectuais, alguns afiliados ao surrealismo ou a vertentes que dele derivaram no continente americano, reverberou na obra de Wifredo Lam dentro do registro da \"ilustração\", conciliando um integrado sistema de relações. Esse sistema acabava por tornar-se também em \"zona de interatividade\" propiciada pelo livro ilustrado, em muito acrescentam a sua obra como um todo; conformando, como se verá a seguir, a episteme moderna deste artista caribenho, cubano e cosmopolita. A tese analisa como este gênero coloca Lam entre os protagonistas da vanguarda d\'outremer, em que confluem as derivações programáticas do surrealismo: a \"negritude\", \"antilhanidade\", e o \"realismo mágico\", que o artista em seu contexto de origem encontrou. Estes três conceitos, os quais trataremos reiteradamente no decorrer da tese, e que chamamos de derivações \"programáticas\", - no sentido outorgado pela vanguarda às palavras que condensam o tom de manifestos -; foram referências determinantes para Lam, e que até aqui, no entanto, não se encontram suficientemente sistematizados.. Sendo inerentes às obras e aos autores que Lam foi dado ilustrar, os conceitos negritude, decantado mediante a parceria com Aimé Césaire; a antilhanidade, manifesta na colaboração com Édouard Glissant e, por fim, o realismo mágico, compartilhado com Gabriel García Márquez.