Síntese e caracterização de nanopartículas de prata aplicadas à detecção de imunoglobulinas G autorreativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Higa, Akemi Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-23112017-132532/
Resumo: Esta dissertação analisa a aplicação de nanopartículas de prata na detecção de imunoglobulinas G reativas aos epítopos da glicoproteína oligodendrocítica da mielina e da proteína básica da mielina, que são duas proteínas que compõem a estrutura da bainha de mielina, alvo de processos inflamatórios em doenças desmielinizantes. Há uma busca por marcadores biológicos para a diferenciação das doenças dentro desse espectro em seus estágios iniciais, anteriormente à disseminação de placas de desmielinização no sistema nervoso central, estágio no qual a detecção é realizada por exames de imagem no diagnóstico clínico. Nessa fase, porém, a bainha de mielina já apresenta alterações em nível molecular. Assim, a nanotecnologia oferece a possibilidade de investigação de processos biológicos em nanoescala, por meio de nanoestruturas biocompatíveis. Neste trabalho, o sistema desenvolvido foi o de nanopartículas de prata conjugadas aos epítopos da bainha de mielina, para detecção de anticorpos reativos às sequências peptídicas, com o objetivo de estabelecer os protocolos de síntese, funcionalização e de interação molecular, utilizando epítopos que são imunogênicos nos modelos experimentais das doenças desmielinizantes. As nanopartículas de prata foram obtidas por um processo de redução química e suas superfícies foram quimicamente modificadas para a funcionalização covalente dos epítopos da bainha de mielina. Esse processo foi caracterizado por técnicas de espectroscopia e microscopia. Os resultados de morfologia e diâmetro das nanopartículas foram obtidos pelas técnicas de microscopia de força atômica e difratometria de raios-X. A atividade das nanopartículas funcionalizadas em resposta aos anticorpos foi avaliada por espectrofotometria na região do ultravioleta-visível e por espectroscopia de força atômica. Os resultados obtidos por essas técnicas mostraram que o processo de funcionalização dos epítopos nas superfícies das nanopartículas de prata foi efetivo, já que o complexo foi responsivo aos anticorpos de forma específica. A resposta do sistema foi observável por sinais ópticos detectáveis na espectrofotometria na região ultravioleta-visível, por alterações visíveis de cor da suspensão de nanopartículas e por meio da quantificação das forças de interação por espectroscopia de força atômica. O conjugado nanopartícula-peptídeo apresenta, portanto, potencial para ser aplicado em estudos de investigação de biomarcadores para as doenças desmielinizantes.