Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nacimento, Rafael Araújo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-29112022-102542/
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Resumo: |
O Brasil apresenta-se entre os principais produtores de frangos do mundo, sendo o terceiro maior produtor e o maior exportador, com tendência de crescimento da produção nos próximos anos. Para tanto, sistemas de produção convencionais são amplamente utilizados. No entanto, a ciência e os consumidores questionam cada vez mais a sustentabilidade destes sistemas. Agroindústrias produtoras de proteína animal têm adotado estratégias para aproximar os consumidores, como a adoção de sistemas orgânicos de produção de frangos. Sistemas orgânicos de produção de frangos são tidos como mais sustentáveis que os sistemas convencionais, muitas vezes por darem a impressão de estarem mais próximos ao natural em decorrência da menor densidade de alojamento e de áreas de acesso às pastagens. No entanto, a sustentabilidade considera que ambos aspecto ambientais e socioeconômicos devem ser avaliados juntos. Modelos para avaliação da sustentabilidade de sistemas produtivos são amplamente disponíveis na literatura científica. No entanto, poucos modelos visam avaliar o desempenho econômico-ecológico na produção animal conjuntamente. Dentre eles, destaca-se a Síntese em Emergia (SE), teoria proposta por Howard T. Odum, que considera a janela econômico-ecológico dentre suas características. A presente tese teve como objetivo comparar a sustentabilidade de uma unidade de produção orgânica de frangos de corte (UPrO) a uma unidade de produção convencional de frangos de corte (UPc) a partir de indicadores econômicos e em emergia. Para tanto, UPrO foi definida, quanto ao seu nível tecnológico e características operacionais, a partir de questionário semiestruturado aplicado a uma agroindústria de referência na produção de frangos orgânicos no estado de São Paulo. Posteriormente, UPrO foi estudada por meio de um estudo de caso e informações quantitativas foram levantadas para o desenvolvimento do modelo de cálculo do custo econômico integrado ao modelo de SE. Para as comparações, uma UPc com nível tecnológico semelhante a UPrO foi estudada. De acordo com os resultados, nutrição foi o item que mais contribuiu para custo total e emergia (71% e 81% para UprO; 69% e 62% para Upc). O frango produzido em UPc apresentou menor custo econômico e ambiental quando comparado a UPrO (R$5,94/kg de pv vs. R$9,22/kg de pv; e 0,35E+13 sej/kg.ano 1,12E+13 sej/kg.ano para UPc e UPrO, respectivamente). No entanto, UPrO apresentou maior rendimento em emergia, menor carga ambiental, sendo consequentemente mais sustentável que UPc (ESI = 1,96; vs. ESI = 0,19 , respectivamente). A partir da integração e visualização dos indicadores distribuídos nas cinco dimensões propostas pelo modelo teórico de sustentabilidade 5SENSU e aplicados à Programação Meta (Goal Programming), observou-se que UPrO apresentou-se mais sustentável do que UPc (29,597 vs. 37,590, respectivamente). Como conclusão, UPrO apresentou-se mais sustentável que UPc. Como a nutrição foi a principal contribuinte dos indicadores econômico-ambientais, o uso de ingredientes alternativos com menor transformidade e/ou orgânicos, são possíveis caminhos para a sustentabilidade em sistemas de produção de frangos de corte. |