A recepção do \'novo romance\' no \'Suplemento Literário\' do jornal O Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Prado, Daniela da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-06112007-105204/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar como se deu a recepção ao \"novo romance\" no Brasil, notadamente no \"Suplemento Literário\", caderno cultural que integrava o jornal O Estado de São Paulo, e foi publicado entre os anos de 1956 e 1974. Inicialmente, foi feita uma apresentação geral do \"novo romance\", destacando-se suas principais obras e o contexto histórico-social do qual fazia parte. O \"novo romance\", movimento surgido em meados dos anos 1950 na França, causou um abalo nas estruturas da arte do romance, levando certos autores a questionar e a rejeitar as técnicas tradicionais - notadamente as de inspiração balzaquiana - da concepção romanesca, que consideravam desgastadas e ultrapassadas. Entre os autores que fizeram parte do movimento e que são abordados neste trabalho, pode-se ressaltar Alain Robbe-Grillet, Michel Butor, Nathalie Sarraute e Claude Simon. Apesar de haver outros escritores integrantes do \"novo romance\", esses foram os que tiveram maior divulgação no \"Suplemento Literário\". Um dos capítulos é dedicado a Claude Simon, cujo enfoque está no prêmio Nobel de Literatura que o escritor ganhou em 1985. Neste capítulo, são estudados diversos artigos de jornais e revistas que comentaram o assunto à época, e que reagiram de forma variada a essa conquista. Alguns artigos foram analisados isoladamente mas, sempre que possível e havendo pontos de contato entre eles, procurei fazer um cotejo, visando estabelecer semelhanças e diferenças, salientando opiniões contrárias e favoráveis. Para proceder à análise dos artigos e entender a reação da crítica diante das obras dos novos romancistas, tomei como base a teoria da recepção de Hans Robert Jauss, que estabelece a instância do leitor na realização da obra, a partir do conceito de \"horizonte de expectativas\".