Dificuldades iniciais na amamentação: enfoque fonoaudiológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Sanches, Maria Teresa Cera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-24012024-112915/
Resumo: Introdução: A amamentação é a melhor forma de alimentação para o recém-nascido e lactente no início da vida. Algumas barreiras no estabelecimento do aleitamento materno referem-se às dificuldades iniciais no período puerperal, que envolvem tanto a mãe e o recém-nascido isoladamente, como o binômio mãe-filho: Objetivo: O presente estudo teve por objetivo caracterizar o padrão de aleitamento materno dentre os recém-nascidos (RN) do alojamento conjunto do Hospital Guilherme Álvaro; em Santos; verificando dificuldades iniciais para o seu estabelecimento e descrevendo alguns fatores relacionados às alterações de pega e ordenha dos recém-nascidos na amamentação. Métodos: O estudo transversal abrangeu 409 duplas de mães/recém-nascidos, as quais não apresentaram impedimentos orgânicos e psíquicos que interferissem na amamentação e foi realizado no período de agosto a dezembro de 1997, em 3 etapas: 1) Coleta de dados da mãe e recém-nascido a partir do prontuário médico; 2) Entrevista com a mãe; 3) Observação estruturada de uma única mamada entre as 24 a 48 primeiras horas de vida. Para verificação de significância dos fatores associados à dificuldade inicial da amamentação, utilizou-se o teste X2, assim como a análise multivariada - regressão logística. Resultados: Das 409 duplas de mães/recém-nascidos estudadas, 54 casos (13%) apresentaram dificuldades iniciais na amamentação. Na análise univariada, em relação à- mãe, os fatores associados a essas dificuldades iniciais foram: idade da mãe (OR=2,12; IC=1,10-4,09), escolaridade (OR=0,45; IC=0,23-0,87), e orientação da mãe no pré-natal sobre aleitamento materno (OR=2,13; IC=1,65-2,65). Em relação ao recém-nascido, houve significância estatística para as variáveis: idade (OR=1,88; IC=1,00-3,53), força de sucção (OR=7,33; IC=3,78-14,18), comportamento do recém-nascido na mamada (OR=7,03; IC=3,61-13,70) e número de sucções por pausa na mamada (OR=2,51; IC=1,35-4,69). Quanto aos fatores relacionados à dupla mãe/recém-nascido, mediante a análise multivariada, o \"comportamento do RN na amamentação\" (OR=7,08; IC=3,30-15,05) e \"força da sucção\" (OR=7,70; IC=3,66-16,16) mostraram-se associados à mamada insatisfatória. Conclusões: Para o diagnóstico precoce das dificuldades na amamentação é importante uma avaliação detalhada quanto aos aspectos globais que envolvem não só fatores básicos como posicionamento, pega, ordenha, mas também comportamento do RN, interação mãe-filho e desempenho dos reflexos orais do RN, mesmo que esses aparentem boas condições orgânicas para tal funcionamento. Quanto ao padrão de sucção do RN, sugere-se também uma avaliação oral detalhada, incluindo o teste da sucção não nutritiva e observação específica de todo o sistema estomatognático durante os movimentos exigidos para pega e ordenha na amamentação.