Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Campos, Andressa Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-27082018-120729/
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Resumo: |
Introdução: O consumo de alimentos fontes de substâncias bioativas podem representar uma abordagem na inibição dos danos provocados pelo excesso de radicais livres, tornando-se uma alternativa na prevenção e controle das doenças cardiovasculares e suas complicações associadas, as quais apresentam significativas taxas de mortalidade e alocação de recursos públicos no Brasil. O guaraná (Paullinia cupana), planta nativa brasileira, apresenta em sua semente significativa concentração polifenóis atribuindo característica antioxidante, tornando-se objeto de interesse científico. Objetivo: Avaliar por meio de uma revisão sistemática os efeitos do guaraná (Paullinia cupana) na saúde cardiovascular em humanos. Metodologia: A revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (CRD42018083312) e foram seguidas as propostas da Colaboração Cochrane e checklist PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Os estudos foram selecionados nas bases de dados: PubMed, Scopus, Web of Science, The Cochrane Library, Embase e Lilacs. Considerou-se o período de publicação de Dezembro de 2000 a Dezembro de 2017. Na estratégia de busca foram considerados os seguintes grupos de descritores: população (seres humanos), exposição (guaraná) e desfechos (indicadores de risco cardiovascular). Os critérios de elegibilidade foram: estudos realizados em humanos de qualquer faixa etária; nos idiomas Português, Inglês e Espanhol; descritores de acordo com os indicadores de risco cardiovascular. Artigos potencialmente elegíveis foram selecionados por dois revisores separadamente. Resultados: Foram identificados 142 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 5 artigos preencheram os critérios de elegibilidade e foram analisados. Investigações experimentais sugeriram que o consumo ou suplementação do guaraná (Paullinia cupana) podem estar associados à efeitos positivos no metabolismo lipídico, principalmente nas concentrações de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e desfecho para eventos ateroscleróticos, parâmetros pressóricos, enzimas e marcadores do estresse oxidativo. Essas implicações tendeciam ao guaraná um efeito cardioprotetor, imunomodulador, antiaterogênico, contribuintes de maneira geral, para redução de fatores de risco às doenças cardiovasculares. Discussão: Embora muitos benefícios provenientes do guaraná (Paullinia cupana) já tenham sido relatados, são escassos os estudos relacionando o consumo ou suplementação com desfechos cardiovasculares. Diversos compostos bioativos estão presentes em sua composição, sendo poucos os estudos que conseguiram definir qual o princípio ativo responsável diretamente por estas alegações à saúde cardiovascular, além de não haver consenso em relação a dosagem, além das suas diversificadas formas de administração e consumo. Porém diante dos estudos analisados, estes apresentam implicações as quais tendenciam ao consumo do guaraná o efeito cardioprotetor, imunomodulador, antiaterogênico, contribuintes de maneira geral, para redução de fatores de risco às doenças cardiovasculares. Conclusão: Este é o primeiro estudo de revisão sistemática com a temática abordada, porém são necessários mais estudos com elevada qualidade metodológica, favorecendo melhor compreensão dos benefícios do guaraná em detrimentos aos fatores de risco cardiovascular, possibilitando evidências mais consistente, agregando benefícios quanto aos desfechos e impactos a nível de saúde pública, principalmente por tratar-se de um fruto nativo brasileiro. |