Dípteros da subfamília Phlebotominae: padronização da técnica imunoenzimática (ELISA) para detecção de fontes alimentares sanguíneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sei, Iole Arumi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13072021-181427/
Resumo: O estudo do sangue ingerido pelos insetos tem evidentes significados ecológico e epidemiológico, pois pode auxiliar na identificação dos animais possivelmente envolvidos na manutenção de ciclos enzoóticos de agentes etiológicos de doenças. Oferece, portanto, subsídios para a indicação de potenciais reservatórios desses agentes, assim como o papel protetor que certos animais poderiam desempenhar em relação ao homem em área de transmissão dos mesmos. Dentre os métodos empregados para avaliar o grau de atração exercido por certas fontes de alimento em relação aos vetores e, conseqüentemente, detectar possíveis reservatórios de parasitas transmitidos por tais artrópodos, os sorológicos se destacam. O objetivo deste estudo consistiu-se em padronizar a técnica imunoenzimática (ELISA) de captura adotada por Chow et aI. 1993 para mosquitos do gênero Aedes e empregá-Ia na identificação de sangue ingerido por flebotomíneos, visando a sua implantação em Laboratório de Saúde Pública, para estudos de hábito alimentar destes insetos, em áreas de transmissão de leishmaniose. O teste foi padronizado para a identificação de sangue de fonte: humana, ave, suíno, cão e rato. Para a identificação da reatividade, segundo o tempo de digestão do sangue ingerido, foram utilizadas fêmeas ingurgitadas de flebotomíneos da espécie Nyssomyia intermedia criadas em laboratório, alimentadas com sangue humano e mortas em intervalos de 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 24 e 36 horas pós-repasto. Posteriormente, 232 fêmeas, ingurgitadas ou não, de flebotomíneos silvestres foram testadas. Foi detectado sangue ingerido no abdômen das fêmeas até 36 horas pós-repasto. Das amostras de fêmeas silvestres, 23,3% foram reagentes a algum tipo das fontes especificadas: 13,8 % para ave (13,8%), humano (5,17%), suíno (4,3%), rato (2,2%) e cão (1,7%). Repasto misto (rato e humano) foi detectado em 1,7% das amostras. A técnica ELISA indireta de captura padronizada neste estudo foi capaz de detectar pequenas quantidades de sangue ingerido por fêmeas de flebotomíneos e provou ser um teste de alto rendimento e de fácil reprodutibilidade, tornando possível sua aplicação em laboratórios de Saúde Pública.