Paisagem e redes de polinização: como manter a polinização na Mata Atlântica?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Bárbara Nobrega
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-22122020-123707/
Resumo: Em um cenário de ambientes naturais ameaçados e, ao mesmo tempo, de dependência dos serviços ecossistêmicos providos por esses ambientes, ferramentas que auxiliem a geração de diretrizes para planejamento e uso da terra são uma demanda constante. Uma das formas de gerar diretrizes é através da construção de modelos, que permitam realizar predições razoáveis para cenários futuros. Porém, para construir esses modelos, é necessário saber quais serão os fatores e agentes a serem considerados como relevantes para o modelo. Para o processo de polinização, modelos utilizando redes bipartidas de plantas e animais visitantes florais vem sendo amplamente utilizadas nos estudos de redes de interação plantas-animais visitantes florais para entender o processo de polinização. A estrutura dessas redes podem ser um indicativo de qualidade ambiental, porém as comparações e projeções de cenários futuros demandam alguma generalização na representação do sistema. O sistema é composto por polinizadores e plantas com flores, representados usualmente como espécies, porém a composição das espécies varia com o tempo e com o espaço. Exploramos como as formas de representar os organismos interagindo afetam a estrutura das redes de polinização e as respostas dessas interações com relação a variáveis da paisagem, usando as interações planta-abelha devido as abelhas serem os principais polinizadores de Angiospermas. Observamos que para redes de interações entre plantas e insetos visitantes florais a representação em nível de gênero ainda mantém a estrutura da rede original, representada com espécies ou subdivisões dentro de espécies. O estabelecimento de uma interação planta-inseto é vinculado à correspondência das características entre a flor e o visitante floral, dessa forma, abelhas que visitam uma determinada flor tenderiam a apresentar um mesmo conjunto de características. Observamos esse padrão na relação abelha-abelha (par de abelhas visitando uma mesma flor) apenas quando consideramos todas as interações ocorrendo em diferentes escalas (por coleta, ponto e paisagem de 5 km). Isso indica que o padrão de abelhas do mesmo grupo funcional interagindo com uma espécie de planta ocorre considerando diferentes dados entre áreas. Ao agruparmos tanto as abelhas como as plantas em grupos funcionais obtemos pares de interações que são responsivos às variáveis da paisagem, sendo que o agrupamento por combinação foi o que melhor representou a relação com a paisagem. As métricas da paisagem mais importantes para essas interações foram a porcentagem de floresta e densidade de borda. Uma abordagem funcional é recomendada para a construção de modelos que busquem respostas dos efeitos de fatores ambientais ou fatores da paisagem.