Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Beserra, Maria Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-09102015-162300/
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Resumo: |
Introdução: O problema da violência tem chamado a atenção em diversos níveis da sociedade, especialmente no ambiente escolar. A escola é um lugar que permite a observação de questões relacionadas à socialização, promoção da cidadania e expressão de atitudes e opiniões, no qual o desenvolvimento pessoal e social dos alunos deve ser estimulado. Objetivo: Analisar a violência sofrida e/ou praticada por adolescentes no contexto escolar e os fatores individuais e ambientais associados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual os dados foram coletados utilizando-se dois questionários autoaplicáveis: o primeiro continha questões sociodemográficas e comportamentais e o segundo, questões relacionadas à violência sofrida e/ou praticada dentro do contexto escolar. A mostra foi composta por 643 adolescentes, com idades entre 12 e 18 anos, matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio de escolas Estaduais da Cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil. Os dados coletados foram organizados em planilhas eletrônicas, analisados quanto às distribuições absolutas e percentuais, e analisados estatisticamente com o auxílio do programa SPSS. A existência de associação entre duas variáveis categóricas foi avaliada utilizando-se o teste estatístico Qui-quadrado ou o teste Exato de Fisher, adotando-se a margem de erro de 5%, e o grau de associação entre as variáveis foi avaliado pela razão de prevalências e o respectivo intervalo de confiança (IC 95,0%). Resultados: Na população do estudo, a prevalência da violência na condição de vítima, de agressor, e de expectador foi de 62,2%, 51,9% e 82,3% da população do estudo, respectivamente. Os indivíduos do sexo masculino foram tanto os agressores (62,2%) quanto as vítimas (68,7%) mais frequentes da violência no ambiente escolar. O tipo de agressão relatado com maior frequência, na condição de vítima e de agressor, foi a violência verbal (54,2% e 55,6%, respectivamente), seguida pela violência física (24,0% e 33,5%, respectivamente). Os principais protagonistas da violência foram os colegas de sala (96,0%), sendo que 44,6% dos agressores referiram não querer mudar os seus comportamentos, e 26,3% dos adolescentes que presenciaram a agressão apoiaram o agressor e riram da situação. A sala de aula foi o local de maior ocorrência de atos violentos, tanto praticados (49,7%) quanto sofridos (45,9%). Houve associação significativa da: (a) violência física sofrida e praticada com a faixa etária de 12-14 anos; (b) violência verbal sofrida e praticada com a faixa etária de 15-18 anos, sendo a última mais elevada em adolescentes do sexo feminino; (c) faixa etária de 15-18 anos com o consumo de álcool e de drogas ilícitas, a ideação suicida e a atividade sexual; (d) violência sofrida com a ideação suicida. Conclusões: Os resultados obtidos apontam para o fato de que o envolvimento dos adolescentes em situações de violência contribui para a adoção de outros comportamentos negativos, com reflexos em sua saúde presente e futura. O conhecimento da violência escolar associada à exposição dos adolescentes a comportamentos de risco servirão de subsídio para ações que visem o desenvolvimento de habilidades sociais saudáveis e da autoestima desta população |