Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de unidades básicas de saúde em três capitais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Renata Ferreira Sena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-12122019-170714/
Resumo: Introdução: A anticoncepção de emergência (pílula de levonorgestrel) é a única opção contraceptiva para prevenir a gravidez não desejada após relações sexuais desprotegidas, seja por falha ou não uso de métodos contraceptivos, ou em casos de violência sexual. Por essa razão, o acesso a este método é considerado parte dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e casais. Seu uso é relativamente frequente, principalmente no grupo mais favorecido socialmente. No entanto, pouco se sabe sobre o perfil de uso entre jovens e mulheres adultas, residentes em diferentes regiões do país, o que justifica a condução deste estudo. Objetivo: Analisar o uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde dos municípios de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT. Método: Estudo quantitativo, descritivo, do tipo transversal, com amostra probabilística de 2052 mulheres de 18 a 49 anos, usuárias das Unidades Básicas de Saúde de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT, entrevistadas por meio de um instrumento estruturado com questões sobre características sóciodemográficas, história reprodutiva e uso da anticoncepção de emergência. As análises estatísticas foram realizadas por meio de números absolutos, proporções, teste de diferença entre duas proporções pelo qui-quadrado e regressão logística múltipla. Resultados: Pouco mais da metade das mulheres (56,8%) relatou ter usado anteriormente a anticoncepção de emergência. Os fatores associados ao uso anterior da anticoncepção de emergência foram a idade, entre 25 e 34 anos (OR=0,59; IC95%: 0,44-0,79), maior escolaridade (OR=2,63; IC95%: 1,76-3,94), mulheres que pertenciam ao grupo socioeconômico A e B (OR=1,92; IC95%: 1,27-2,90), que trabalhavam (OR=1,25; IC95%:1,00-1,57), e que tiveram mais parceiros sexuais (OR= 1,95; IC95%: 1,48-2,57). A maioria das mulheres que usava anteriormente pílula oral, injetável e preservativo masculino continuou usando o mesmo método após o uso da anticoncepção de emergência. Conclusão: O uso da anticoncepção de emergência foi frequente, mas não contribuiu para que as mulheres interrompessem ou trocassem o seu método contraceptivo regular.