Degradação e preservação: uma análise histórico-econômica das ocupações humanas na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cantagalo, Michel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-04102016-183414/
Resumo: Da chegada do colonizador aos dias atuais, o processo de destruição da Amazônia foi cada vez mais acelerado, processo este que não existia no período pré-colonial. Segundo nossa análise, tal destruição da região está diretamente vinculada a entrada e avanço do Sistema de Mercado (como conceituado por Karl Polanyi) na região. Assim, apresentamos e discutimos a história econômica da região, destacando os papéis do poder público e do poder econômico nas transformações ocorridas. Para o último século, analisamos dados, principalmente dos censos, para evidenciar as transformações ocorridas na região. Concluímos que o poder político ao longo do tempo, cooptado pelo poder econômico, favoreceu a aceleração do processo de degradação da região com políticas de cunho desenvolvimentista que favoreceram mais à grupos de fora da Amazônia do que aos amazônidas. Mesmo existindo crescimento econômico marcante em alguns períodos, não se identifica um processo de desenvolvimento na história da região, muito menos de desenvolvimento sustentável. O Sistema de Mercado se manifesta na região principalmente em forma de latifúndios, o que indica que a solução da crise regional passará por um processo de distribuição de terras. No final, apresentamos um exemplo de empreendimento econômico sustentável do Acre (Projeto RECA) para discutirmos as propostas de desenvolvimento da perspectiva neoliberal localista e as possibilidades de disseminação das atividades econômicas sustentáveis na região.