Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Soares, Ádria Kanome Mori |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18132/tde-18112022-162131/
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Resumo: |
As voçorocas consistem na forma mais complexa de erosão linear, contribuindo para a degradação do solo em várias regiões do Brasil. Em especial, na região de Minas Gerais, diversas cidades são afetadas por estes processos erosivos. Na bacia hidrográfica do Córrego do Palmital (envolvendo os municípios de Nazareno e Conceição da Barra de Minas), foram delimitadas 78 voçorocas com área total de 287,18 ha, no ano de 2016. Neste contexto, um dos objetivos da presente pesquisa foi avaliar se a aplicação de anaglifos (imagem em 3D) traria maior detalhamento para a delimitação destas voçorocas. Para isso, utilizou-se a mesma imagem de satélite (Google Earth PRO) empregada em 2016, bem como imagem de 2019 – visando a análise espaço-temporal. Além disso, essa pesquisa também teve por finalidade o modelamento da perda de solo no software InVEST. A aplicação de anaglifos mostrou aumento de 38,6% da área erodida em 2016, comparando com levantamento anterior para o mesmo ano, e aumento de 1,6% de área erodida entre 2016 e 2019, indicando continuidade dos processos erosivos. O levantamento de uso do solo em 2019 identificou 39% de pastagens, 20,5% de lavoura temporária, 4,6% de cafezais e 35,4% de outros usos na bacia. As pastagens continuam sendo predominantes na bacia de estudo, mas parte de suas áreas foi transformada em cultura de milho e soja entre 2016 e 2019. Quanto ao modelamento da erosão, foi possível identificar erosão média total de 2,75 t/ha.ano, exportação de sedimentos de 1.449,54 t/ano, retenção de sedimentos de 9.042,13 t/ano e deposição de sedimentos de 14.677,29 t/ano no cenário atual (2019) da bacia do Córrego do Palmital. Também foram modelados três cenários hipotéticos, considerando aplicação de técnicas conservacionistas e substituição da pastagem por lavoura temporária (Cenário 1), reflorestamento no lugar da pastagem (Cenário 2) e preservação na mata ciliar (Cenário 3). A erosão média total, exportação, retenção e deposição de sedimentos foram respectivamente de 2,23 t/ha.ano, 1.300,59 t/ano, 9.191,08 t/ano e 11.755,76 t/ano para o Cenário 1, 1,92 t/ha.ano, 1.046,69 t/ano, 9.444,98 t/ano e 10.229,77 t/ano para o Cenário 2 e 2,36 t/ha.ano, 616,65 t/ano, 9.862,06 t/ano e 13.206,47 t/ano para o Cenário 3. A utilização de anaglifos no mapeamento de voçorocas em imagem de satélite demonstrou maior precisão na delimitação de forma e tamanho das feições. A modelagem permitiu estimar os valores de perda de solo, sendo importante recurso na gestão de áreas degradadas por processos erosivos. Ressalta-se que o reflorestamento e a preservação da mata ciliar contribuem para a diminuição da perda de solo, bem como o emprego de técnicas conservacionistas, principalmente devido ao solo ser de elevada erodibilidade. |