Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bel, Renan Lucas Siena Del |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-13092021-190404/
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Resumo: |
Enquanto comunidades biológicas são sistemas complexos, onde inúmeros mecanismos atuam em diferentes escalas e diferentes processos podem gerar o mesmo padrão, uma das formas para responder perguntas relativas à montagem de comunidades vegetais é correlacionar padrões ambientais indicativos de processos de nicho subjacentes com os padrões emergentes de uma comunidade. Assim, é essencial que continuemos desenvolvendo nosso entendimento de como representar processos de nicho e como melhor acessar a estrutura da comunidade. Neste trabalho investigamos como diferentes variáveis ambientais contribuem para nosso entendimento dos processos de nicho. Em particular, estamos interessados em como variáveis de natureza biótica ou abiótica interagem e contribuem para o padrão observado na estrutura da comunidade e como a inserção desses componentes é importante para melhor identificar os processos envolvidos na montagem da comunidade. Utilizamos a distribuição espacialmente explícita de atributos foliares dos indivíduos jovens (recrutados nos últimos 10 anos) de uma restinga na Ilha do Cardoso para representar o padrão resultante dos processos de montagem e utilizamos dados coletados em 2009 para reconstruir o ambiente biótico em que esses indivíduos foram recrutados. Encontramos que diferentes combinações de variáveis ambientais explicam diferentes distribuições de atributos foliares, mas quando incluímos as espécies dos indivíduos jovens como fator aleatório em nossos modelos, nossos resultados não apontam correlação entre variáveis ambientais e atributos foliares. Devido a esses resultados discrepantes inferimos que, embora ambas as variáveis bióticas e abióticas atuem juntas como preditoras da estrutura da comunidade, elas o fazem influenciando a distribuição das espécies, que por sua vez está correlacionada com os valores dos atributos dos indivíduos. Assim, variáveis ambientais são informativas apenas na ausência de informação sobre a identidade das espécies. Baseado nesses resultados, nós propomos que ambos os tipos de variáveis ambientais (bióticas e abióticas) devem ser utilizadas em conjunto para descrever os processos de nicho de uma comunidade, pois ambas podem ser complementares e eventualmente interagir para formar um quadro mais completo. Em conjunto, nossos resultados abrem linhas de investigação com potencial para ampliar nosso entendimento dos mecanismos envolvidos na montagem de comunidades de árvores e podem informar futuros trabalhos da área, ajudando-os a obter melhor resolução em análises da estrutura de comunidades. |