Práticas socioespaciais no espaço público da cidade vertical: estudo de caso em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cardozo, Luiana Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-03042024-120951/
Resumo: Esta dissertação de mestrado representa os desdobramentos e aprofundamento de questões que emergiram da trajetória de pesquisa, desde estudos realizados durante o programa de Iniciação Científica até o estágio internacional em Sevilha, Espanha. Os resultados dessas etapas evidenciaram os efeitos dos mecanismos de intervenção urbana nas cidades contemporâneas, contribuindo para o crescimento de espaços de negócios em detrimento de espaços públicos autênticos. A transformação da paisagem urbana, influenciada pelos incentivos construtivos dos CEPACs, especialmente em áreas como o Brooklin, refletiu a intensificação da verticalização. No projeto binacional Highrise Living and the Inclusive City participou de discussões relevantes sobre a verticalização e a construção de cidades mais inclusivas. Essa experiência, especialmente com relação aos procedimentos metodológicos desenvolvidos para seleção dos recortes analíticos, evidenciou empreendimentos que propõem novas tipologias e formas de morar que, por sua vez, apresentam desdobramentos nas espacialidades urbanas e no espaço público. A partir disso, esta pesquisa de mestrado se fundamentou na investigação de transformações do espaço público e de suas práticas socioespaciais decorrentes de desdobramentos de processos de verticalização, em particular de condomínios verticais que propõem novas tipologias e formas de morar. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma abordagem teórico-empírica, que envolveu um embasamento teórico-conceitual de distintas discussões relacionadas ao espaço público. Além disso, compreendeu refinamento de uma metodologia de aproximação dos objetos de estudo, e trabalhos de campo foram conduzidos com base nas contribuições da etnografia urbana. Foram realizadas observações das práticas cotidianas, permanências e interações sociais presentes nos locais analisados, e conduzidas entrevistas com os atores sociais que participam efetivamente desses espaços. Os resultados foram analisados conjugando as discussões teóricas com as questões emergentes do trabalho de campo, exploradas em cartografias pós representacionais. No entanto, o intuito desse estudo não foi trazer conclusões, mas considerações e reflexões, que introduzem e trazem à tona elementos para discussão. Nesse contexto, algumas questões emergiram, especialmente no que diz respeito às transformações e memórias, construídas a partir das narrativas dos participantes, que sugerem mudanças nas práticas socioespaciais nesses espaços públicos nos últimos anos.