Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Júlio César |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-28032008-151541/
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Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo estudar o progresso temporal e espacial de epidemias de begomoviroses em cultivos de tomate sob condições de campo e de cultivo protegido na região de Sumaré e Elias Fausto, respectivamente, no Estado de São Paulo. As avaliações foram feitas semanalmente com base nos sintomas característicos induzidos por begomovírus. As populações de adultos de mosca-branca também foram monitoradas e caracterizadas biologicamente. A identificação das espécies de begomovírus predominantes nos cultivos de tomate foi realizada por meio da análise da seqüência de nucleotídeos de parte do DNA-A viral, que incluiu a região 5\'-terminal do gene da CP. O progresso temporal foi avaliado por meio do ajuste dos modelos exponencial, monomolecular, Gompertz e logístico. Para o estudo do progresso espacial foram utilizadas três técnicas: o índice de dispersão (D), a lei de Taylor modificada e áreas isópatas. Nos cultivos de tomate sob condições de cultivo protegido foram identificados o ToSRV e o ToYVSV. Sob condições de campo somente o ToSRV foi identificado. Em todos os ensaios realizados nos dois sistemas de cultivo, as curvas de progresso da doença apresentaram um crescimento do tipo sigmóide, de modo que o modelo logístico foi o que melhor se ajustou aos dados, sugerindo uma disseminação secundária da doença. De um modo geral, sob condições de campo, um padrão espacial agregado (D>1) foi predominante nas parcelas localizadas nas bordas das lavouras. Os parâmetros da lei de Taylor modificada também indicaram agregação [log (A) >0], a qual varia de acordo com a incidência da doença (b>1), o que sugere proximidade de uma fonte de inóculo. Resultados semelhantes foram obtidos em todas as parcelas dos ensaios realizados sob condições de cultivo protegido. A análise das áreas isópatas revelou em ambos os sistemas de cultivo uma maior intensidade da doença nas bordas das parcelas. Em alguns casos foi possível detectar a presença de focos isolados no interior das parcelas. Diante destas evidências, é provável que a migração de moscas-brancas seja importante, tanto de fora para dentro dos cultivos de tomate como no interior destes. Nos cultivos sob condições de campo, o inóculo primário pode estar relacionado à sobrevivência de moscas-brancas provenientes dos canaviais e áreas de matas que circundam as lavouras. Já sob condições de cultivo protegido, é mais provável o inóculo primário ser plantas de tomate doentes cultivadas em outras estufas plásticas devido à proximidade destas e ao escalonamento de cultivos de tomate. Em todos os ensaios, o número de adultos de mosca-branca não apresentou qualquer relação com a incidência da doença ao longo do tempo (r =0,16 a 0,59). Isto pode ter ocorrido em função do calendário de pulverizações com inseticida adotado pelos agricultores. A espécie de mosca-branca monitorada foi identificada como Bemisia tabaci biótipo B. Estes resultados obtidos contribuem para a recomendação de medidas de manejo de begomoviroses em tomateiro. |