Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fraccarolli Neto, Pedro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-11102018-153239/
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Resumo: |
O benzoato de emamectina, um antiparasitário da classe das avermectinas, é amplamente utilizado em diversos países para o tratamento de infecções causadas por helmintos intestinais e ectoparasitas, os quais estão relacionados a grandes prejuízos na produção aquícola. Apesar de sua eficácia ser conhecida na aquicultura, seu uso não está regulamentado no Brasil. Diante da demanda nacional por uma maior variedade de medicamentos veterinários regulamentados para uso em espécies aquícolas, o presente projeto visou estimar um período de carência para o antiparasitário benzoato de emamectina, a partir de um estudo experimental de depleção residual desse fármaco em tilápia (filé com pele em proporção natural), a espécie de maior importância comercial para a produção aquícola no Brasil. Para tanto, fez-se necessárias as seguintes etapas: (i) incorporar o benzoato de emamectina na ração através da técnica de revestimento polimérico em equipamento de leito fluidizado; (ii) desenvolver e validar métodos analíticos para a determinação do benzoato de emamectina na ração e em filé de tilápia empregando cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC- MS/MS); e (iii) realizar um ensaio com tilápias para avaliar a depleção residual de emamectina B1a no filé. O revestimento da ração com 1,5% de etilcelulose permitiu incorporar o benzoato de emaectina na ração sem alterar a estrutura física da mesma, o que torna o processo vantajoso, visto que a ração mantém suas características nutricionais e de flutuabilidade. Além disso, o processo foi homogêneo (CV de 2,1%) e não apresentou taxa de lixiviação quantificável do fármaco para a água, contribuindo para uma maior segurança em relação à dose de tratamento a ser administrada e em relação ao risco potencial ao meio ambiente. A emamectina B1a foi extraída da ração por processo sólido-líquido e do filé de tilápia pelo método QuEChERS modificado. Os métodos foram avaliados mediante os seguintes parâmetros: seletividade, curva analítica, linearidade, precisão, exatidão, limite de detecção (LD) e de quantificação (LQ). Todos os parâmetros avaliados se encontraram conformes às recomendações dos guias de validação tomados como referências, qualificando os métodos como adequados para os objetivos propostos no presente trabalho. Para avaliar a depleção de emamectina B1a no filé de tilápia, os peixes receberam o fármaco via ração em dose de 50 ?g/kgPV/dia durante sete dias consecutivos. As curvas de depleção residual de emamectina B1a se ajustaram ao modelo exponencial de primeira ordem. Tomando como referência o limite máximo de resíduo de 100 ?g/kg recomendado pelo Codex Alimentarius, não houve a necessidade de se propor um período de carência mínimo para o abate dos peixes, considerando as condições experimentais empregadas. |