Resposta da microbiota dos solos amazônicos ás variações de temperatura e umidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: França, Aline Giovana da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-10102024-104945/
Resumo: A Floresta Amazônica, como o maior bioma brasileiro e uma das maiores reservas de biodiversidade do mundo, desempenha um papel crucial na regulação do clima global, na conservação da biodiversidade e no fornecimento de serviços ecossistêmicos essenciais. No entanto, a região enfrenta desafios significativos decorrentes do desmatamento e da mudança do uso da terra, que ameaçam sua integridade ecológica. Esta tese investigou impactos os do uso da terra na Amazônia e os possíveis efeitos das mudanças climáticas com foco na estrutura e funcionalidade das comunidades microbianas do solo e nas emissões de gases de efeito estufa. A hipótese central do estudo foi que as alterações climáticas, aliadas aos processos de mudança do uso da terra, afetam a estrutura e a funcionalidade das comunidades microbianas do solo, influenciando as emissões de gases de efeito estufa na região. Para abordar essa hipótese, foi inicialmente realizada a caracterização das áreas de floresta primária, secundária e pastagem em relação aos seus atributos químicos e físicos do solo. Em seguida, foi realizado um experimento em microcosmos simulando diferentes condições de temperatura e umidade a fim de avaliar o potencial de emissão de gases de efeito estufa dos solos, assim como a composição, diversidade e potenciais funções das comunidades microbianas procarióticas e fúngicas do solo. A caracterização das áreas mostrou que os solos de floresta secundária se apresentam como um intermediário entre floresta primária e pastagem, evidenciando um processo natural de restauração. Em relação ao experimento em microcosmos, foi observada a diminuição do potencial de consumo de metano pelas áreas de florestas primária e secundária em relação ao aumento de temperatura. Também foram observadas alterações na diversidade, estrutura, composição e potencial funcional das comunidades procarióticas e fúngicas, que podem levar, a longo prazo, a alterações nas dinâmicas da ciclagem de nutrientes e saúde do solo. Neste sentido, foi destacada a importância de políticas de manejo e conservação que levem em conta a resiliência dos ecossistemas amazônicos e a necessidade de considerar os microrganismos na formulação de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.