Efeito da associação entre hipertensão arterial e câncer de Walker-256 sobre o fenótipo cardíaco e a progressão tumoral: potencial terapêutico do treinamento físico aeróbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Luis Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-14062024-153116/
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV), seguida pelos cânceres são, as principais causas de morte no mundo; reconhecidas por serem doenças complexas e de causa multifatorial, e que apresentam uma interação e fatores de risco em comum. Nas últimas décadas, a cardio-oncologia tem se voltado para prevenção e tratamento de DCV em pacientes sobreviventes do câncer, como resultado da cardiotoxicidade de agentes antineoplásicos. Por outro lado, há um crescente corpo de evidências epidemiológicas demonstrando que DCV são fatores pró-oncogênicos, uma vez que pacientes com DCV apresentam maior incidência de câncer comparado com populações saudáveis. Uma associação significativa entre hipertensão arterial (HA) e incidência/ mortalidade por câncer em humanos tem sido descrita. É possível que a relação bidirecional das doenças possa potencializar os danos cardíacos, entretanto pouco se sabe sobre a associação das mesmas e os mecanismos relacionados com esse fenômeno. O treinamento físico aeróbio (TFA) vem sendo utilizado como uma importante terapia não farmacológica para aliviar os sintomas, melhorar a tolerância ao exercício, à qualidade de vida e reduzir a hospitalização de pacientes com DCV e câncer. Contudo, os efeitos do TFA sobre as repercussões cardíacas na associação das DCV com o câncer são desconhecidos. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre a HA e o câncer nas alterações fenotípicas cardíaca e na progressão tumoral em ratos e verificar o papel terapêutico do TFA sobre a cardiomiopatia e a incapacidade funcional induzida pela relação bidirecional entre as doenças. Tanto o modelo de HA com animais espontaneamente hipertensos (Shr) quanto de câncer com o tumor de Walker-256 foram selecionados devido à similaridade da sua fisiopatogenia em humanos. Foram utilizados 50 ratos Wistar Kyoto e 50 Shr. O implante do carcinoma de Walker-256 foi efetuado no tecido subcutâneo da região do flanco direito. Os animais foram treinados durante 6 semanas, sessões de 60 min, 1 vez ao dia, 5 vezes por semana, com aumento gradual da sobrecarga de trabalho. Foi avaliado: pressão arterial e a frequência cardíaca de repouso, tolerância ao esforço físico máximo, função e estrutura ventricular, crescimento tumoral, massa cardíaca e muscular esquelética, percentual de caquexia e atividade da enzima citrato sintase. Ainda mensuramos o diâmetro dos cardiomiócitos, fibrose cardíaca e razão capilar por fibra cardíaca pelo método histológico. Expressão de genes para hipertrofia cardíaca patológica e conteúdo de colágeno, família do miRNA-208 e análise da expressão de proteínas para vias de sobrevivência e apoptose celular. As análises estatísticas foram realizadas pelo Software GraphPad (Califórnia, EUA)