Modelagem matemática e análise econômica de estratégias de controle para brucelose bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Daniel Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-18012021-150106/
Resumo: A brucelose é uma das zoonoses mais difundidas por todo o mundo, ocasionando impactos econômicos importantes e se provando como uma doença de difícil erradicação. A viabilidade econômica é um fator importante na adoção de medidas sanitárias, sendo assim, através da aplicação de um modelo matemático, associado à composição de indicadores econômicos, este trabalho avaliou a eficiência da vacinação e do teste e abate, representados através da cobertura vacinal e eficiência de detecção do sistema de vigilância, como medidas de controle da brucelose bovina em três estados brasileiros: Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo. A vacinação se mostrou uma ferramenta muito eficiênte no estado do Mato Grosso, onde obteve uma relação benefício custo de 9,6, porém, devido à baixa prevalência inical a relação benefício custo da mesma medida no Rio Grande do Sul foi de 0,5, onde a manutenção de altas coberturas vacinais apresentou prejuízo econômico. A eficiência econômica da erradicação através do teste e abate se mostrou diretamente relacionada à eficiência do sistema de vigilância na deteção de animais infectados. No Mato Grosso o cenário com maior eficiência do sistema de vigilância e a retirada precoce da vacinação resultou no maior valor presente líquido, R$ 3,95 bilhões, contrastando diretamente com o cenário mais pessimista, que resultou em R$ 2,93 bilhões. Devido à baixa prevalência inicial, no estado do Rio Grande do Sul só houve lucro no controle da doença nas simulações onde se inicia imediatamente o teste e abate com um sistema de vigilância eficiente. Concluiu-se que havendo capacidade do sistema de vigilância a adoção do teste e abate é o cenário onde há maior lucro e não havendo uma vigilância capaz de detectar animais infectados com eficiência a manutenção da vacinação é a medida que obtem os menores prejuízos.