Mulheres na economia solidária: resistência cotidiana por uma nova cidadania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freire, Ana Paula Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-13112017-182410/
Resumo: Considerando que buscamos construir uma sociedade justa e democrática para todos, é perturbador verificar as desigualdades em relação a salário, empregos e à participação política das mulheres no Brasil. Identificamos a formação de grupos e empreendimentos solidários formados quase que exclusivamente por mulheres no estado de São Paulo, justamente nas camadas de baixa renda. O objetivo desta pesquisa é investigar as condições de vida de mulheres que trabalham em grupos de economia solidária formados majoritariamente por mulheres, partindo de duas hipóteses: se a economia solidária pode ser considerada uma forma de obter autonomia, cidadania e participação para estas mulheres, ou se a economia solidária é apenas uma forma de trabalho informal para sobrevivência. Utilizamos entrevistas semiestruturadas com integrantes de cinco grupos de economia solidária do estado de São Paulo, prioritariamente de áreas urbanas, e duas entrevistadas que fazem parte de instituições de apoio à economia solidária. Utilizamos também a observação direta de atividades dos grupos. A ideia é entender como essas mulheres conseguiram alterar algumas práticas hegemônicas e mudar seu cotidiano (CERTEAU, 1990). Buscamos contextualizar a relação dessas mulheres com o mercado de trabalho, a discriminação de gênero e as diversas formas de funcionamento da economia solidária, assim com algumas políticas públicas relacionadas ao tema, como a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária e da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. A pesquisa busca identificar o que mudou na vida dessas mulheres após o início do trabalho com economia solidária, o significado de economia solidária para elas, e se a economia solidária pode ser uma alternativa positiva para a maior autonomia da mulher. Identificamos que a economia solidária tem grande potencial de trazer autonomia para mulheres, assim como a ocupação de espaços de participação política e reivindicações de direitos em movimentos sociais, principalmente em grupos formados pela maioria de mulheres