Comparação entre as desembocaduras do Complexo Estuarino do Cassurubá (BA): características hidrográficas e hidrodinâmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Izumi, Vitor Massaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21132/tde-20042012-154735/
Resumo: Os principais fenômenos físicos que atuam como forçantes de movimento nos estuários são descarga fluvial, maré e vento. As diferentes intensidades com que cada um pode atuar proporcionam uma vasta gama de combinações e condições distintas, às quais estão submetidos os estuários de todo o mundo. O Complexo Estuarino do Cassurubá (CEC) está sujeito a descargas fluviais com vazões da ordem de 101 m3/s, a mesomarés variando entre 2 e 4 m, e a ventos de E/NE de ordem 101 m/s com algumas entradas de S/SO também de ordem 101 m/s. Contudo, seus canais Norte e Sul apresentam diferentes características hidrográficas e hidrodinâmicas. O objetivo deste trabalho foi confirmar e explicar esta distinção, através de dados de velocidade, temperatura, salinidade e profundidade, com suas respectivas variações temporais. Os objetivos específicos foram direcionados para se testar a hipótese de que a pequena diferença entre as vazões dos rios Caravelas e Peruípe (sendo a deste maior) pode criar configurações estruturais distintas e, consequentemente, gerar alterações no transporte de massa e volume. A análise dos dados demonstrou que ambos os canais estuarinos são influenciados principalmente por fenômenos marinhos, neste caso a maré. Os padrões estruturais e a ciclicidade das variações dos parâmetros estudados foram determinados predominantemente pela maré e a velocidade de suas correntes, com leve influência da descarga fluvial nas estruturas termohalina e hidrodinâmica. Como previsto, a pequena diferença observada a favor do rio Peruípe, associada a características geográficas e batimétricas locais, mostraram-se determinantes para os processos físicos que correm no CEC. Síntese dos resultados: Velocidades máximas de 0,5 m/s nas quadraturas e 1 a 1,5 m/s nas sizígias, em ambos os canais. Circulação estuarina clássica observada nitidamente nas quadraturas. Sizígias mostram mesmo sentido ao longo da coluna d\'água. Maior simetria entre correntes de vazante e enchente durante sizígias, menor durante quadraturas. Nova Viçosa com assimetria mais evidente devido à maior descarga fluvial. Salinidades mínimas de 32 em Caravelas e 17 em Nova Viçosa. Salinidades superiores a 36 em toda a coluna d\'água durante fases de sizígia, associadas às temperaturas de 28º, constataxv se a intrusão da Água Tropical em ambos os canais estuarinos. Temperatura passou de 25 ºC no inverno para 28 ºC no verão, em ambos. O canal de Caravelas mostrou-se importador durante três campanhas e exportador em apenas uma, porém com maior intensidade. O canal de Nova Viçosa mostrouse exportador durante as quatro campanhas. Onda de maré comportou-se como progressiva em Caravelas no inverno, e como estacionária no verão. Em Nova Viçosa foi como estacionária o tempo todo. Processos de mistura dominaram na maior parte do tempo. Estratificações formadas mais em quadratura e em torno de estofas. Classificações estação A - transição entre 1a e 2a - colunas bem misturadas, com fraca estratificação vertical; estação C - transição entre 1a, 2a, 1b e 2b - com apreciável estratificação nas quadraturas e colunas bem misturadas nas sizígias. Predomínio da difusão turbulenta no transporte de sal rio acima em A. Em C, boa participação da advecção nas quadraturas.