Repercussões de uma intervenção nutricional na sonolência de trabalhadores noturnos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nehme, Patricia Xavier Soares de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-05042011-110924/
Resumo: Introdução: Existem algumas evidências relacionando o aumento da sonolência com o aumento do consumo de carboidratos, o que é particularmente relevante para trabalhadores noturnos.Objetivo: Avaliar os efeitos de alterações no conteúdo de proteínas e carboidratos da alimentação noturna na sonolência de trabalhadores noturnos. Métodos: A população era do sexo masculino, com idade média de 32 anos (dp=6,5anos). O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira etapa contou com 54 seguranças que foram submetidos à avaliação antropométrica e responderam a um questionário sobre aspectos da vida, trabalho e sintomas de saúde e Recordatório de 24 horas (R24h) de três dias. A segunda etapa durou 3 semanas da qual participaram, após sorteio, 24 seguranças. Nesta etapa foi avaliado o ciclo vigília-sono, através de actigrafia, protocolos diários de atividade e Escala de Sonolência Karolinska (KSS). A mudança do conteúdo da alimentação ocorreu em 2 semanas. Na primeira, foi aumentado o conteúdo de carboidratos por 5 dias; após 2 dias, houve aumento no conteúdo de proteínas, também por 5 dias. Resultados: Os níveis de alerta foram analisados antes e após a refeição na empresa e não revelaram nenhum efeito significativo durante as 3 condições. Porém, quando estes mesmos níveis de alerta foram analisados, levando-se em consideração o IMC verificou-se uma interação entre o IMC acima de 30kg/m2 e o nível de alerta, durante a semana de modificação no conteúdo de carboidratos (p<0,05). O consumo médio de calorias foi de 2.808 kcal (dp=568,6). As médias de consumo foram: proteínas 99,1 gramas (dp=80,9), carboidratos 291,5 gramas (dp=61,7) e lipídeos 38,4 gramas (dp=34,9). Quando comparadas às Dietary References Intakes (DRI), foi verificado que, em relação às calorias, mais da metade dos participantes apresentavam ingestão adequada; quanto às proteínas apenas 11 por cento estavam adequados e 68,5 por cento consumiam carboidratos de forma adequada, o que não ocorreu com os lipídeos, pois 94,4 por cento dos participantes consumiram este nutriente acima das recomendações. Conclusões: O conteúdo de carboidratos da refeição noturna parece exercer um efeito na sonolência dos indivíduos sobrepesos e obesos